A Faixa de Gaza "se parece cada vez mais com um campo de concentração", afirmou o ministro da Justiça e da Paz do Vaticano, o cardeal Renato Martino, em entrevista publicada nesta quarta-feira (7) um jornal italiano on-line. "Vejamos as condições (de vida) em Gaza: parece cada vez mais com um campo de concentração", declarou o cardeal Martino, na entrevista a "Il Sussidiario". O presidente do Conselho Pontifical para a Justiça e a Paz considerou ainda que nenhuma das partes envolvidas no conflito "vê o interesse do outro" e que cada uma "considera apenas seus interesses".
"As conseqüências do egoísmo são o ódio do outro, a pobreza, a injustiça. Os que pagam são sempre as populações sem defesa", acrescentou.
"As conseqüências do egoísmo são o ódio do outro, a pobreza, a injustiça. Os que pagam são sempre as populações sem defesa", acrescentou.
Para retomar o diálogo, "é preciso vontade das duas partes, porque os dois são culpados. Israelenses e palestinos são filhos da mesma terra, é preciso separá-los, como dois irmãos", completou.
"Se eles não conseguirem chegar a um acordo, então, qualquer um deve fazer isso (por eles). O mundo não pode ficar assim, olhando, sem fazer nada", insistiu Martino.
"Nós não estamos sozinhos, nós, cristãos, a chamar essa terra de 'santa'. Os judeus e os muçulmanos também fazem isso. O fato de que essa terra seja justamente teatro de sangrentos conflitos aparece como um grande infortúnio", lamentou.
O governo de Israel reagiu às afirmações, acusando o membro do Vaticano a empregar termos "retirados da propaganda do Hamas".
AFP
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