quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Alpinista italiano morre no Aconcágua; grupo espera resgate


Buenos Aires, 8 jan, Ansa - A polícia argentina confirmou a morte de um dos quatro alpinistas italianos que estão presos à cerca de 6.600 metros de altura, próximo ao cume do Aconcágua, ponto mais alto da América do Sul. Segundo uma nota, o grupo está perto de um precipício, em uma área rochosa conhecida como Gargalo da Garrafa, no Glaciar dos Polacos, e a temperatura local é de -20ºC. O responsável pela operação de resgate, Armando Parraga, informou que o grupo é formado por "duas mulheres de 38 anos e dois homens, um de 39 anos e o outro de 25" e disse que devido à má condição climática no local, não foi possível tentar o resgate durante a noite desta quarta-feira. "A operação de resgate será retomada às 5h (locais), somente quando houver luz do sol", explicou. O policial confirmou que outro membro do grupo sofreu uma fratura e está com edema pulmonar. Outras fontes afirmam que os alpinistas apresentam um quadro grave de hiportermia e que dois deles ficaram feridos devido a uma queda. Havia uma quinta alpinista no grupo que desceu antes dos colegas, e já está a salva. "Eles estão a apenas 200 metros do cume e passaram a noite à cerca de 6.600 e 6.700 metros", disse à ANSA Guido Losa, diretor de Recursos Naturais da província de Mendoza. De acordo com Losa, "ontem, depois de chegar muito tarde no topo da montanha, o grupo errou o caminho, porque não seguiu a direção habitualmente usada na descida. E o guia do grupo ainda perdeu o equilíbrio e caiu, arrastando os outros na queda". "Agora o problema é grave, por ter errado o caminho, o grupo está em um local com passagem bloqueada, onde tecnicamente é impossível prosseguir a descida. O socorro deve retira-los e leva-los para um ponto mais próximo para que eles possam descer no sentido certo. É uma situação muito complicada", explicou o diretor. Na manhã desta quarta-feira, um helicóptero argentino conseguiu localizar os alpinistas. No entanto, o clima e as rochas tornam a operação com helicóptero muito arriscada. A esperança dos especialistas locais é que o guia do grupo consiga levar os alpinistas para um ponto mais acessível para realizar o resgate. Na semana passada, um alpinista alemão faleceu próximo ao Glaciar dos Polacos.

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