As redes sociais virtuais, como Orkut e Facebook, não devem ser consideradas "diabruras" pela Igreja, mas sim como novas oportunidades de presença e de contato, de acordo com a discussão de abertura do congresso católico "Igreja na rede 2.0". Inaugurado nesta segunda-feira no centro de convenções da Conferência dos Bispos da Itália (CEI), a reunião se propõe a refletir sobre as "relações entre virtual e real". "O desafio de hoje é transformar o simples contato em participação verdadeira", afirmou o professor de teologia e comunicação social Adriano Fabris, destacando que as redes sociais não devem ser apenas um local de "exibição", mas de "participação ética". O professor mencionou que "seitas se aproveitam de lugares virtuais como o Facebook para criar novos cultos, não por acaso semelhantes às grandes religiões, semeando confusão entre tantas pessoas empurradas pelo silêncio e pela solidão a buscar contatos pela internet". Entre os perigos apontados na discussão estão o "exibicionismo prejudicial" e um crescente individualismo do qual as redes sociais são ao mesmo tempo causa e efeito. Fabris também lembrou a mensagem do Papa na última Jornada das Comunicações Sociais, de que "nem tudo o que é tecnicamente possível é também eticamente praticável" e que "a relação direta não pode jamais ser substituída".
Ansa
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