Ele fica no estado do Amazonas, banhado pelos rios mais bonitos da região, e acaba de ser reaberto. É o Parque Nacional do Jaú, no Amazonas, a segunda maior área de conservação do Brasil, atrás apenas do Tumucumaque, no Amapá. A maior parte dos visitantes, por enquanto, é de estrangeiros. Mas essa concentração de beleza tem tudo para conquistar os ecoturistas brasileiros.
Refúgio de bichos ameaçados de extinção, como peixe-boi e a tartaruga da Amazônia, o Jaú é destino certo para quem busca turismo contemplativo, estar próximo à natureza, observando a vida selvagem. O parque tem quase 30 anos, e protege uma área de de 2,2 milhões hectares de florestas totalmente preservada. A área é maior que o estado de Sergipe.
Trilhas por terra ou água levam a lugares surpreendentes. Em um trecho de 800 metros, o rio desce, formando corredeiras e quedas d’água. Na época mais seca do ano, de setembro a janeiro, surgem nove cachoeiras – um presente para os visitantes. “Temos uma visitação média de 700 pessoas por ano, a maioria de estrangeiros. Consideramos pouco e temos vários estudos para ampliar a visitação, mas precisamos melhorar a infra-estrutura para turistas”, diz o administrador do Parque do Jaú, Alessandro Marcuzzi. Não há hotéis no local. Os visitantes percorrem o parque em barcos alugados. Entre as atrações, estão as pinturas rupestres. Cultura e natureza fizeram a Unesco declarar o Jaú patrimônio da humanidade, bem de todos, que deve ser mantido para as futuras gerações. A preservação passa pelo turismo, única atividade econômica permitida em um parque nacional. Com a reabertura do Jaú, no fim de janeiro, o turista John Harwood já planeja a viagem com os amigos, que estão chegando da Alemanha. “O ecoturista quer ver uma floresta que não está depredada. Está alerta para ver se tem madeira ilegal. Ecoturista é um bom aliado da natureza”.
Globo Amazônia/Bom dia Brasil
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