Roma, 27 jan, com informações da Ansa - O técnico da seleção italiana de futebol, Marcello Lippi, afirmou nesta terça-feira que "o presidente (da Federação Italiana de Futebol, Giancarlo) Abete é quem deve dizer algo" sobre a proposta feita por um político do país de anular um amistoso contra o Brasil. O subsecretário italiano das Relações Exteriores, Alfredo Mantica, afirmou hoje que "é preciso levar em consideração a hipótese de anular o amistoso" entre Itália e Brasil, em virtude da tensão entre os dois países causada pela decisão brasileira de conceder refúgio político ao ex-ativista Cesare Battisti. "Estas são coisas sobre as quais deve falar o presidente da Federação, e não o treinador. Vocês devem falar com ele, pois se alguém fala o que acha sobre o assunto pode criar confusão", afirmou Lippi em entrevista à ANSA. "Se é justo ou não que Battisti permaneça no Brasil, não sou eu quem deve falar", continuou o treinador. A partida entre Itália e Brasil está programada para ocorrer no próximo dia 10, em Londres, e Dunga, técnico da seleção brasileira, já anunciou a escalação do time.
A ex-jogadora brasileira de vôlei Ana Paula Mancino, que atuou pelo Palermo, criticou nesta terça-feira a proposta do subsecretário italiano das Relações Exteriores, Alfredo Mantica, de anular o amistoso entre Brasil e Itália. Para a ex-jogadora, "a política deve ficar longe do esporte, ou então será feita muita confusão". Mancino disse também que o esporte deve continuar algo "limpo", e por isso é preciso que "fique longe da política".
O presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC), Giancarlo Abete, entrou em contato com o governo da Itália hoje para definir se será ou não cancelado o amistoso entre Itália e Brasil, devido às tensões que envolvem os dois países.
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