Roma, 9 fev (EFE).- O porta-voz dos senadores conservadores da Itália, Maurizio Gasparri, afirmou hoje que a morte de Eluana Englaro, que estava há 17 anos em estado vegetativo, precisa ser esclarecida.
Gasparri disse ainda que é preciso saber que aconteceu na clínica La Quiete, em Udine (nordeste da Itália), onde ela estava internada, e afirmou que se tratou "claramente de um caso de eutanásia".
O senador comentou também que, a partir de agora, o local pode ser chamado de "clínica da morte".
O neurologista da Universidade de Udine Giangluigi Gigli também exigiu o esclarecimento da morte de Eluana, e pediu que a clínica La Quiete seja fechada.
Gigli solicitou ainda um exame toxicológico para esclarecer se alguma substância externa pode ter provocado a morte da italiana.
O neurologista Carlo Alberto Defanti, que acompanha o caso de Eluana há anos, afirmou que a morte será esclarecida somente após a realização de uma autópsia.
Segundo o médico, a italiana de 38 anos teve "uma crise" que acabou antecipando sua morte.
O neurologista admitiu que não esperava pela morte de Eluana, apenas três dias depois de os médicos interromperem sua alimentação, informou a agência local "Agi".
O próprio Defanti tinha previsto que Eluana viveria entre 12 e 14 dias a partir do momento em que sua alimentação fosse interrompida.
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