Gianni Alemanno e o Dalai Lama
O líder espiritual tibetano, Dalai Lama, recebeu ontem a cidadania honorária de Roma das mãos do prefeito Gianni Alemanno, que defendeu durante a cerimônia o reconhecimento da autonomia da província chinesa do Tibete. Mais cedo, durante um encontro com o Intergrupo Parlamentar pelo Tibete, Dalai Lama havia afirmado que a situação atual na província é crítica, pois "há um forte ressentimento" entre a população chinesa e a tibetana. O líder espiritual também disse que a resposta das autoridades chinesas para a revolta dos monges no ano passado não foi de cautela, mas de uma maior repressão. O presidente do Intergrupo Parlamentar e deputado pelo Partido Democrata (PD), Matteo Mecacci, disse que Dalai Lama pediu auxílio aos parlamentares e aos governos "para ajudar o povo tibetano condenado à morte". "Estou profundamente convencido de que Dalai Lama, líder espiritual de milhões de budistas de todo o mundo e representante de um povo oprimido que aspira liberdade e democracia, representa a solução e não um problema para a República Popular da China", disse o deputado Gianni Vernetti após o encontro. Mecacci e a também deputada pelo PD Anna Paola Concia afirmaram que "a Itália não deve fazer como Pôncio Pilatos". Segundo eles, "o Parlamento e o governo não vão ser indiferentes nessa tragédia". O presidente do Intergrupo defendeu também que reconhecer Dalai Lama como interlocutor é o primeiro passo para a China também o reconhecer. "Sabemos que há um preço político a pagar, mas a China deve escolher entre a democracia e o autoritarismo", disseram os dois deputados. O Intergrupo Parlamentar pelo Tibete visa, entre outras coisas, pedir que antes do dia 10 de março - data do 50º aniversário do início da repressão chinesa contra o Tibete - ocorra um debate na Câmara italiana sobre a situação da província e sobre as relações entre a Itália e Dalai Lama. O líder espiritual deverá ainda visitar a cidade de Veneza e depois viajar para a cidade alemã de Baden-Baden para receber um prêmio.
Alemanno: «La sua presenza è la nostra rivolta morale contro l'ingiustizia. Il Tibet sia libero»
Pequim adverte Itália: "Cittadinanza offende il nostro popolo"
Com informações da Ansa/La Repubblica/Corriere della Sera
Nenhum comentário:
Postar um comentário