O ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini, declarou ontem que, para a Itália, o G8 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo e a Rússia) deveria ser "mais flexível e articulado no âmbito político em relação às áreas de crise". Desde o dia 1º de janeiro deste ano, a Itália exerce a presidência de turno do G8. As declarações do chanceler italiano foram dadas durante seu discurso na conferência "Recursos para o Futuro", da Universidade de Inverno da Confindustria, Confederação Geral da Indústria Italiana, em Veneza. Frattini considerou "impossível afrontar a questão africana sem envolver a China", país que nos últimos anos investiu no continente e estreitou relações com diversos Estados da região, fazendo com que o comércio bilateral crescesse em média 30% ao ano desde 2000. O chanceler disse ainda que para resolver questões da região que compreende o Afeganistão e o Paquistão "é necessário implicar a China e a Índia para um programa de estabilização". Desta forma, o ministro das Relações Exteriores explicou a necessidade de abrir espaço no G8 para a participação de seis países emergentes (México, Brasil, China, Índia, África do Sul e Egito). Para Frattini, o modelo atual do G8 está "envelhecido, e requer um forte corte". O chanceler disse ainda que durante a presidência italiana do G8, a participação dos seis países emergentes se tornará "mais estrutural". "Há potências emergentes que têm relevo econômico e político que não são membros do G8, mas é impensável deixá-los de fora das decisões", reiterou.
Da Ansa
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