terça-feira, 31 de março de 2009

31 de março - Golpe Militar de 1964


O Golpe Militar de 1964 designa o conjunto de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, e que culminaram em um golpe de estado (chamada pelo Estado que se seguiu como uma Revolução de 1964) que interrompeu por meio da força, o governo do presidente João Belchior Marques Goulart, também conhecido como Jango, que havia sido democraticamente eleito vice-presidente, pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) – nas mesmas eleições que conduziram Jânio da Silva Quadros à presidência pela União Democrática Nacional (UDN). Jânio renunciou o mandato no mesmo ano de sua posse (1961) e João Goulart, que deveria assumir a presidência, segundo a Constituição vigente à época, promulgada em 1946, estava em viagem diplomática na República Popular da China. Militantes de direita acusaram Jango, como era conhecido, por ser comunista e o impediram de assumir seu legítimo lugar como mandatário no regime presidencialista. Foi feito um acordo político e o Parlamento brasileiro cria o regime parlamentarista, sendo João Goulart chefe de Estado. Em 1963 há um plebiscito que teve como resultado a volta do regime presidencialista, e João Goulart finalmente assume a presidência da república com amplos poderes. O Golpe de 1964 submeteu o Brasil a uma ditadura militar, alinhada politicamente com os interesses dos Estados Unidos da América, que durou até 1985, quando, indiretamente, foi eleito o primeiro presidente civil desde 1964, Tancredo Neves.

Alguns, entretanto, consideram-no um movimento político de duplo escopo, surgido do temor (jamais comprovado) do expansionismo comunista (o chamado perigo vermelho) e do desejo de desenvolvimento nacional, que administrou o país através de uma ditadura e que, por um lado, teria impedido a implantação de um regime totalitário de esquerda e, por outro, seria responsável pelo Brasil ter se tornado uma das maiores economias do mundo, graças ao apoio financeiro norte-americano, embora, aos custos da contração de uma grande dívida externa e índices inflacionários altíssimos nas décadas de 1970 e 1980, além do aumento da dependência do Brasil em relação aos Estados Unidos da América, e ainda de um grande empobrecimento da população brasileira.

Wikipédia

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