G20: As regras devem ser globais

O chanceler italiano Franco Frattini afirmou ontem que a cúpula do G20 deveria definir regras globais para enfrentar a crise e destacou que a Itália, que exerce a presidência atual do G8, quer contribuir para esse debate. Durante uma visita bilateral a San Marino, Frattini enfatizou que, para tentar sair da crise econômica mundial, é preciso definir "regras globais" para a governança internacional, com transparência e uma "corresponsabilidade" entre as grandes economias e as emergentes, "pois ninguém pode ficar de fora". Frattini explicou que as novas regras deveriam prever sobretudo uma forte "inclusão" e uma "representatividade" mais definida, já que alguns países emergentes "estão fora do verdadeiro circuito de decisões e devem ser incluídos". Frattini também mencionou a existência de "regras que favorecem a falta de transparência e que devem ser mudadas". Em seu discurso durante a cerimônia de posse dos Capitães Regentes de San Marino, Frattini fez uma passagem significativa sobre a crise e o papel do G8 (grupo dos sete países mais ricos e a Rússia) e do G20 (grupo dos países mais ricos e dos emergentes). Segundo o chanceler, "a exigência de estabelecer novas regras que sejam adequadas a uma economia globalizada" é evidente, até porque "sem regras novas e eficazes é forte o risco de que a crise se transforme em uma estagnação prolongada". Frattini confirmou que existe um "diálogo intenso" e uma "coordenação estreita" entre a presidência italiana do G8 e a presidência britânica do G20. Ele enfatizou a preocupação com "o perfil humano e social da crise", que está relacionado "às difíceis condições de vida de milhões de trabalhadores em todo o mundo".

Da Ansa