quarta-feira, 27 de maio de 2009

O transporte urbano na Itália


São diversos os meios de transportes que se usa aqui na Itália. As cidades grandes são bem servidas de meios públicos, além de ciclovias, mas no interior não é bem assim. Apesar de ônibus e trens disponíveis, os horários não ajudam (seguem o escolar e o de pico) e estão em contínua mudança. E dependendo do local onde se vive, nem passa ônibus ou é servido por uma ferrovia (quando a estação não é desativada pelo número irrelevante de passageiros).

Mas nas grandes cidades não acontece isso. Além de ônibus e trem, muitas cidades são servidas de metrô e bonde que cobrem grande parte da cidade. Cidades como Roma, Milão, Nápoles, Turim, Gênova e Catânia dispoem de metrô, sendo que a linha mais comprida da Itália é aquela de Milão, enquanto a mais antiga é a de Roma.

Apesar da linha de Roma ser a mais antiga, sendo iniciada na década de 1930, somente em 1955 foi inaugurada. Além do mais, não cobre por completo a cidade e tem somente duas linhas. Mas por que tanta demora? Porque a cada escavação encontravam sempre algum resquício da Antiguidade. Então as obras tinham que ser suspensas para que as ruínas fossem tuteladas pelos arqueólogos (e continuam achando riquezas dos seus ancestrais a cada escavação para as obras do metrô).

Outro meio de transporte muito usado na Itália é o bonde, como este das fotos abaixo. A velocidade é como aquela de um ônibus e é uma outra alternativa para nos locomovermos dentro da cidade. É operante somente nas cidades de Milão, Roma, Turim e Pádua.



Muitos que não conhecem a Itália, principalmente os que vêm da América Latina, acham que vão encontrar modernos meios de transportes, sempre limpos e luminosos, afinal, estamos na Europa. A primeira vez que entrei no metrô de Milão fiquei tão desiludida. No Brasil, país subdesenvolvido e do "Terceiro Mundo", o metrô é limpo, moderno e eficiente. Pensei que aqui fosse igual ou melhor, mas o que vi foi sujeira, depredação, má iluminação, além de fedor de urina e falta de segurança. A mesma coisa em Roma, uma das capitais mais importantes da Europa, se não pior que em Milão. Todavia, não há de se negar que são puntuais e não tem grandes intervalos que nos fazem esperar horas.Outro aspecto interessante e diferente do que estamos acostumados a ver no Brasil é a ausência de cobradores. Nos ônibus e bondes tem um aparelho que serve para validar a passagem. Claro que muita gente não paga, mas se arrisca de levar uma multa caso apareça o controllore (uma espécie de cobrador que controla seu bilhete). Nos metrôs é mais difícil que algo aconteça, já que é mais vigiado e todas as catracas são eletrônicas (antes podia-se passar com o mesmo bilhete várias vezes ou passar pela catraca reservadas às pessoas com carteirinha).E por falar em passagens, aqui na Itália você pode usar a do metrô para o ônibus, bonde ou trem urbano. Há aquelas para uma viagem só, as que valem 24 horas a partir do momento da validação e as semanais. Se você quiser pagar menos, pode fazer o abbonamento e não precisa ser somente estudante, mas tem que ter um local fixo na Itália e comprovar que frequenta escola ou universidade ou é trabalhador (é uma taxa, mensal, trimestral ou anual que se paga para poder usufruir dos transportes públicos, com a vantagem de poder utilizá-lo em quantas viagens quiser e sem limite - exceto quando termina o mês). E os bilhetes não são comprados nos guichês! São adquiridos nas máquinas eletrônicas ou nas bancas de jornais (que estão dentro do metrô), por um preço dentro dos padrões: €1,00 (para apenas uma viagem).Em Veneza, o transporte (público ou não) é por meio de barcos ou gôndolas, sendo que estas são usadas mais para fins turísticos. O ônibus dos venezianos é o vaporetto e o "asfalto" são as águas do Mar Adriático e os canais. Outra particularidade é o táxi, que é uma lancha, assim como os outros "carros".


A bicicleta é muito usada na Itália, mas não tanto como em alguns países europeus, como no caso da Holanda. É muito comum vermos pessoas indo trabalhar ou para a escola de bicicleta, principalmente quando começa a esquentar, independentemente da classe social (já vi muitos engravatados usando a bicicleta em Milão) e da faixa etária (se bem que é raro os mais jovens usarem a bicicleta para tais fins).Há vários modelos de bicicleta na Itália, daquelas de corrida a mountain bike. Mas o que mais se vê nas ruas são as city bike, cada uma com um modelo diferente e equipadas com cestinha, garupa, pára-lama e faróis (dianteiro e traseiro). E se você não tem uma, pode alugar na rua mesmo. A prefeitura de Brescia, através do projeto Bicimia, disponibilizou diversos pontos na cidade para o aluguel de bicicletas, além de estacionamento para quem tem a sua.


Mas o que mais se vê nas ruas italianas são os scooters, principalmente entre os jovens. Tem desde aqueles que mais parecem uma moto-carro (até rádio e ar condicionado tem) até as clássicas como a Vespa ou a Lambretta. A Vespa é a que mais comum, coloridas e muito parecida com as antigas. Também é comum vermos jovenzinhos dirigindo scooter, já que a idade mínima para poder dirigí-las é de 14 anos (dependendo da cilindrada e com uma carteira especial para condução, o chamado patentino).E os automóveis? São os clássicos dos meios de transporte e é muito difícil de ser renunciado. Nas cidades bem servidas de meios públicos aconselha-se de deixar os carros em casa, mesmo porque não é permitido circular em algumas partes da cidade. Já quem mora em lugares não muito propícios para os trasnportes públicos, é quase imprescindível usar o "bibi "para sair de casa.



Postado por Juliana
historianaitalia.blogspot.com
La Nostra Italia

Extraído do Blog acima

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