Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística Italiano (Istat) revelou que a crise econômica internacional está intensificando o aumento do desemprego no país. O levantamento, que traça "um perfil da desocupação", mostra que o grupo mais afetado é formado por homens com idade entre 35 e 45 anos, que vivem no centro ou no norte da Itália, não concluíram o Ensino Médio e são casados. A maior parte dos italianos que perderam seu trabalho devido à crise trabalhava na indústria. "Um aspecto preocupante é a queda do nível de ocupação dos pais de família, o que contrasta com a tendência de aumento registrada nos últimos três anos", diz o relatório. O desemprego entre os pais de família, segundo o Istat, aumentou 0,6% em 2008. O estudo aponta também uma "degradação na qualidade" dos empregos. Entre 2007 e 2008, 17 mil contratos temporários ou de colaboração foram assinados no país. Para o instituto, estes são os chamados "empregos atípicos". Entre os contratos de trabalho considerados "convencionais", houve uma retração de 107 mil postos de trabalho. Além disso, pela primeira vez em 13 anos, o número de contratações foi menor que o de demissões. No ano passado, 183 mil pessoas foram contratadas na Itália, ao passo que 186 mil foram demitidas. Embora a maior parte das dispensas tenha sido registrada nas regiões norte e central da Itália, o sul do país continua a concentrar a desocupação. A piora da situação no mercado de trabalho, por sua vez, é uma das principais causas da redução nos gastos das famílias. Segundo o documento do Istat, 22,2% das famílias do país têm dificuldades econômicas. Trata-se de um universo composto por 5,3 milhões de famílias. O relatório destacou que há ainda cerca de 2,5 milhões de famílias, 10,4% do total, que enfrentam "dificuldades mais ou menos graves" e são "potencialmente vulneráveis, sobretudo por causa dos fortes cortes em seu orçamento".
Ansa
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