O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, pediu ontem que a presidência do Parlamento Europeu seja dada a um candidato de seu país. A casa, braço legislativo da União Europeia, encerrou nesse domingo as eleições para renovar seus membros. Para liderá-la, Frattini indicou o italiano Mario Mauro, que pertence à bancada do premier Silvio Berlusconi e já vinha exercendo o mandato de eurodeputado. Segundo o chanceler, para que isso ocorra é necessário "tentar um acordo não só com a Alemanha, que não tem um candidato próprio, mas com outros países que, como a Polônia, estão interessados [na presidência]". "A Itália é um país fundador da Europa e há 34 anos não temos um presidente do Parlamento", disse ele. O diplomata também lembrou que, ao obter 35,3% dos votos, o partido Povo da Liberdade (PDL), de Berlusconi, foi confirmado como principal força política da Itália. Com isso, a bancada governista terá 29 das 72 cadeiras reservadas ao país na casa. De acordo com o Instituto Digis, as eleições foram marcadas pela alta abstenção em toda a Europa e por um resultado aquém do esperado pelo premier italiano, que desejava alcançar ao menos 40% dos votos.
Atrás do PDL ficou o Partido Democrata (PD), a maior força da oposição, que obteve 26,1% dos votos, e terá direito a 22 assentos. O terceiro colocado foi a Liga Norte, aliada de Berlusconi, com 10,2% dos sufrágios, o que lhe garante nove vagas. Com 8% dos votos, o partido Itália dos Valores (IDV) garantiu sete cadeiras, enquanto a União de Centro ficou com 6,5% dos votos e cinco lugares. Ao todo, o Parlamento Europeu tem 736 assentos, e seu atual presidente é o alemão Hans-Gert Pöttering.
Com informações da Ansa
Nenhum comentário:
Postar um comentário