domingo, 21 de junho de 2009

Italianos votam em referendo sobre mudanças eleitorais

Neste domingo e na segunda-feira, cerca de 47 millhões de italianos estão convocados a comparecerem às urnas para votarem em um referendo sobre mudanças em duas leis sobre as eleições legislativas do país. Durante a semana, o premier Silvio Berlusconi afirmou que votará pelo fim das coalizões para o pleito legislativo. "Acredito que, se há um referendo, é importante dar uma resposta. Eu não faço campanha eleitoral sobre este referendo, mas votarei pelo sim", assegurou o chefe de governo em entrevista concedida ao canal de TV Teleuniverso. Por sua vez, o secretário nacional do Partido Refundação Comunista (PRC), de oposição, pediu aos italianos, que "não votem no referendo sobre a lei eleitoral". Segundo ele, caso as mudanças na lei sejam aprovadas seria o equivalente a entregar "o país a Berlusconi nos próximos 20 anos".


Para que o pleito seja validado é necessário que mais de 50% dos cidadãos compareçam às urnas. Caso o "não" vença, a mesma consulta não poderá ser realizada dentro de um prazo de cinco anos. Por outro lado, se as mudanças propostas forem aprovadas, serão proibidas as coalizões partidárias criadas somente para a disputa eleitoral e dissolvidas logo em seguida. No referendo, os italianos ainda poderão escolher pelo bipartidarismo para as eleições legislativas. Também terão a possibilidade de proibir que uma mesma pessoa se candidate ao Parlamento por diversas regiões ao mesmo tempo, o que é chamado de "candidatura múltipla". O pleito de domingo e segunda-feira será o último deste ano no país. Duas semanas antes, os italianos votaram nos candidatos ao Parlamento Europeu. O partido de Berlusconi, o Povo da Liberdade, saiu vitorioso, conquistando o direito a 29 das 72 cadeiras. Na mesma data, foram realizadas as eleições para renovar o Executivo e o Legislativo dos municípios e províncias italianos. O resultado das urnas também foi favorável aos governistas, que conquistaram a vitória em 26 províncias. Antes, administravam apenas 12.

Ansa

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