Roma, 22 jun, Ansa - O referendo sobre mudanças na legislação eleitoral da Itália, que é realizado entre ontem e hoje em todo o país, contou com pouco mais de 16% de participação popular no primeiro dia de votação. Para que o pleito seja validado, é preciso que ao menos 50% dos eleitores compareçam às urnas. O ministro da Defesa, Ignazio La Russa, considera que "é quase certeza que não se chegará nem mesmo a 30%" de votos. Isto porque ontem as urnas foram abertas à votação por 14 horas (das 8h às 22h). Já hoje, o período de votação será de apenas oito horas (das 7h às 15h). O voto para o referendo no país não é obrigatório. Os italianos votam nestes dois dias pelo fim das coalizões em eleições legislativas e para que seja proibido que uma pessoa se candidate ao Parlamento simultaneamente por mais de uma região. Para o primeiro quesito, compareceram às urnas 16,4% dos eleitores, ao passo que, o segundo registrou frequência de 16,7%. Na manhã de hoje, o presidente da Câmara dos Deputados da Itália, Gianfranco Fini, compareceu às urnas na capital italiana. Quem também votou nesta segunda-feira foi o secretário do Partido Democrata (PD, de oposição), Dario Franceschini. Ao chegar ao seu colégio eleitoral, também em Roma, o líder da oposição quis se informar sobre a frequência dos eleitores. Até aquele momento, apenas 11% tinham ido votar hoje. Depois do voto, Franceschini não deu declarações, dizendo apenas que falará após o encerramento do referendo.
Já o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, havia votado ontem. O mandatário não fez campanha para o referendo, mas não escondeu seu voto em favor das mudanças na legislação eleitoral. Enquanto esteve no colégio eleitoral, Berlusconi disse que é favorável a uma mudança política na Itália, para que seja adotado o presidencialismo, mas disse que, para isso, é necessário que "a maioria do país esteja decidida a ir nessa direção". A Itália é uma república parlamentarista em que o Poder Legislativo é exercido por um parlamento bicameral. Entre ontem e hoje também acontece o segundo turno das eleições para o Executivo e Legislativo de algumas províncias italianas. Há duas semanas foi realizado o primeiro turno, e os italianos foram às urnas para escolher seus representantes municipais e provinciais.
Ansa
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