sexta-feira, 17 de julho de 2009

Homem na Lua: um italiano participou do feito histórico


De Kennedy a Von Braun, de Johnson a Debus, entre os protagonistas da histórica aventura que há 40 anos levou o homem até a Lua, existe um em particular que pouco apareceu nas crônicas da época, mesmo desempenhando um papel decisivo, como diretor do lançamento e sucessivamente responsável por todo o programa Apolo.

Chamava-se Rocco Petrone que, como revela seu nome italianíssimo, era filho de um casal de emigrantes que chegaram na América nos anos 20 partindo de Sasso de Castalda, um pequeno centro de montanha na província de Potenza.

A sua história é contada em um livro escrito pelo jornalista Renato Cantore, intitulado "O tigre e a lua. Rocco Petrone, história de um italiano que não queria passar para a história" (editora Rai Erri, 112 páginas), que será apresentado na próxima segunda-feira (20) em Roma na sede da RAI, com discurso do presidente Paolo Garimberti.

O livro, que tem o prefácio de Tito Stagno e se baseia em uma série de documentos reunidos tanto na Itália como na América, narra a vivência e a personalidade de Petrone, sem que o rigor da reconstituição histórica sacrifique sugestões literárias de uma narração apaixonante.

A história, cujo pano de fundo é um grande acontecimento internacional, evidencia a figura de um homem esquivo, silencioso, quase incomodado com os seus êxitos, acostumado a viver nos bastidores e preferindo a luz da lua àquela do sol. Um encontro, este entre Rocco e a Lua, que parecia escrito no seu destino de filho de emigrantes, que se tornou um dos protagonistas do sonho americano.

O espaço narrativo limita-se a poucas horas: do momento em que, no amanhecer do dia 16 de julho 1969, Rocco Petrone assumiu o seu posto no centro da sala de controle da missão, àquele no qual grita o seu "GO" para o lançamento da Apolo 11.

Naqueles longos, intermináveis minutos, revive-se em suas lembranças a extraordinária vivência humana e profissional de um homem que, contra a sua vontade, é destinado a passar para a história.

Ansa

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