quarta-feira, 22 de julho de 2009

Senado italiano recusa moção sobre Cúpula do G8 e Berlusconi

O Senado italiano recusou ontem uma moção sobre a Cúpula do G8, que incluía um pedido de explicação sobre o comportamento do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, ratificando a decisão tomada pelos líderes dos partidos da Casa anteriormente. O texto, apresentando pelo Partido Democrata (PD), já tinha sido recusado em uma reunião pela manhã. No entanto, como a decisão não foi unânime, o presidente do Senado, Roberto Schifani, acatou o pedido do vice-presidente do PD na Casa, Luigi Zanda, para recolocar o documento na pauta das sessões da tarde.


A moção analisava os resultados obtidos na Cúpula dos sete países mais ricos e a Rússia, realizada entre os dias 8 e 10 de julho na cidade italiana de L'Aquila, assim como os gastos com o evento, entre outras coisas. Na segunda parte do documento, havia um pedido de esclarecimento sobre o comportamento pessoal de Berlusconi, já que algumas mulheres afirmam ter recebido dinheiro para participarem de festas nas casas do premier.

Ontem pela manhã, a moção foi aprovada apenas pelo PD, pela Itália dos Valores (IDV) e pela União Democrata do Centro (UDC). A sessão da tarde, que recusou novamente o documento, ocorreu às 17h locais (12h no horário de Brasília). Segundo o líder no Senado do Povo da Liberdade (PDL, legenda da qual Berlusconi faz parte), Maurizio Gasparri, a oposição "não foi correta" em apresentar a moção sobre a Cúpula ao Senado, porque "não foram inseridos temas relacionados ao G8" no texto. Para o líder do PDL, visto que na moção não havia "argumento relacionado" com o tema principal, foi "inevitável" o voto contrário. Na 2ªfeira, a versão on-line da revista italiana L'Espresso publicou áudios gravados por Patrizia D'Addario, que participou de duas festas realizadas no ano passado no Palácio Grazioli, residência do premier em Roma. Nos áudios, que estão sob poder da Promotoria de Bari, D'Addario conversa com dois homens, supostamente Berlusconi e o empresário Giampaolo Tarantini, quem possivelmente contratava as mulheres.

Com informações da Ansa

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