sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Itália unida: educar o amor à Pátria

"A educação ao patriotismo constitucional, entendido como amor pela Pátria, é um dos instrumentos mais valiosos para promover um moderno sentimento de unidade do país", escreve o presidente da Câmara dos Deputados italiana, Gianfranco Fini, que será publicada no próximo número da revista mensal 'Formiche', de Paolo Messa. "O patriotismo constitucional, entendido como testemunho de um percurso histórico, só pode coincidir com o patriotismo nacional e republicano. Como tal, ele contribui para preservar a ideia de Pátria das degenerações nacionalistas e racistas que mancharam a história do século XX e que infelizmente tende a ressurgir na Europa como reação de medo aos processos de globalização e às grandes migrações". "Há algum tempo se fortalece a exigência de relançar o pacto de cidadania entre os italianos, para fazer florescer um renovado senso civil e combater aquelas tendências de fragmentação que minam a coesão social", prosseguiu Fini. "O patriotismo constitucional, nacional e republicano, é inseparável do ideal democrático e social, que nos remete à própria história do Ressurgimento", escreve o presidente da Câmara italiana, que depois cita textos políticos de Giuseppe Manzini: "Até que um único entre os nossos irmãos não esteja representado com o seu voto no desenvolvimento da vida nacional, até que um único, capacitado e desejoso de trabalhar, esteja desempregado, na miséria, vocês não terão uma Pátria como deveria ser, a pátria de todos para todos". "A coesão de um país, acrescenta Fini, encontra o seu fundamento na solidez do pacto de cidadania e nos valores que fundam a ética civil dos cidadãos; até por isso, as instituições têm o dever de sustentar a tensão moral da sociedade".


"A educação ao patriotismo nacional, continua Fini, é condição essencial para a educação ao patriotismo europeu que está por vir. Não é possível ser bons cidadãos europeus se não formos bons cidadãos italianos, franceses, alemães, espanhóis...".




IMIGRAÇÃO: QUE A ITÁLIA SEJA A PÁTRIA DOS QUE CHEGAM DE LONGE - "O novo esforço atual e estratégico das instituições deve ser buscar o sentimento de que a Itália é a pátria também dos que chegam de países distantes e que já são ou aspiram ser cidadãos italianos", defende o presidente da Câmara. "Não se pode pedir a estes novos cidadãos para se identificarem plenamente com a nossa história e costumes. Seria injusto e incorreto pretender assimilá-los na nossa cultura. Para eles a Pátria nunca será a terra dos pais. No entanto, se pode e se deve pedir a eles para participarem ativa e lealmente à vida coletiva; tornar próprios os valores da República; compartilhar os objetivos de fundo de nossa sociedade e contribuir para que eles se realizem". "É possível e se deve despertar a paixão civil e a patriotismo nos novos italianos, até promovendo o conhecimento, não só da nossa língua e das nossas leis, mas também de nossa história, particularmente a político-constitucional mais recente", conclui Fini.




Da Ansa

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