A entidade italiana de auditoria fiscal têm sob a mira cerca de 170 mil casos de pessoas que sonegam o imposto sobre a renda, escondendo seu patrimônio em paraísos fiscais, disse hoje o seu diretor, Attilio Befera, em uma entrevista ao noticiário do primeiro canal de televisão pública, TG1. Questionado sobre as indiscrições divulgadas no dia 12 sobre uma investigação relacionada com a sucessão de Gianni Agnelli (segundo as quais o falecido dono da Fiat escondia no exterior um patrimônio que supera € 1bilhão), Befera precisou que "não estamos decididos a perseguir os multimilionários. Nós decidimos, ou melhor, o governo decidiu, intensificar as ações contra todos aqueles que têm capital no exterior". "Os sonegadores não são só milionários, mas todos os que possuem dinheiro no exterior não declarado na Itália", acrescentou. A luta aos paraísos fiscais foi reforçada com as normas recentes determinados no decreto anticrise. "A norma, de junho passado, traz uma mudança significativa em relação ao capital enviado ilegalmente ao exterior, porque transforma essa prática em renda não declarada e as sanções aumentaram entre 200% e 400%", explicou Befera.
O CASO DA HERANÇA DE GIANNI AGNELLI - O organismo italiano de auditoria fiscal abriu uma investigação sobre a herança de Gianni Agnelli, concentrada sobre mais de € 1 bilhão de seu patrimônio pessoal, que teria sido depositada na Suíça e nunca declarada ao fisco, segundo revelou no dia 12 o TG5, o principal noticiário da televisão privada do país. Segundo o noticiário, a investigação partiu de denúncias da filha de Agnelli, Margherita, em um pleito contra os executores testamentários da herança do pai (Franzo Grande Stevens, Gianluigi Gabetti e Siegfrid Maron) e de sua mãe, Marella. Em se confirmando a existência desse patrimônio, afirmou o TG5, os herdeiros do dono da Fiat poderiam ser obrigados a pagar multas que superam o capital que disputam, com base nas novas diretrizes contra a evasão fiscal, que constam do decreto aprovado pelo governo de Silvio Berlusconi para combater os efeitos da crise econômica global.
Da Ansa
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