Língua Italiana em risco

A partir de outubro, os exames de língua italiana serão banidos das escolas norte-americanas, segundo disse ontem em Roma Joseph Del Raso, presidente da National Italian American Foundation (Niaf) e Louis Tallarini, presidente da Columbus Citizen Foundation de Nova Iorque, além de presidente da Italian Language Foundation (ILF), que reúne as quatro fundações ítalo-americanas mais importantes dos Estados Unidos. Os exames AP (Advanced Placement) de italiano são considerados um estímulo importante para o estudo de uma língua, porque garantem aos estudantes que superam os testes obter créditos para a universidade que frequentam. "A ILF - disse Tallarini, um sno após a sua criação, coletou fundos da ordem de centenas de milhares de euros, que no entanto foram insuficientes para manter os cursos de língua AP italiana nas escolas norte-americanas. Daqui o pedido de ajuda várias vezes solicitado ao governo italiano nos últimos meses, ao qual não se seguiu um comprometimento concreto das instituições italianas. Tanto eu como Margareth Cuomo (filha do ex-governador do Estado de Nova Iorque, Mario Cuomo), nos reunimos com as cúpulas do governo para alertá-los sobre o que acontecerá em outubro próximo, quando a língua AP italiana desaparecerá das escolas norte-americanas".

"Todos os ítalo-americanos demonstraram com os fatos o seu apoio à causa, mas cobram um comprometimento econômico equivalente do governo italiano, a exemplo do que fazem os governos chinês e japonês", acrescentou Tallarini. "Manter a língua AP italiana nas escolas americanas, tem uma importância estratégica para a cultura e a economia italianas. Seria uma pena fatal interromper esta ponte cultural entre os Estados Unidos e a Itália", opinou Del Raso.

Tallarini e Del Raso seguiram depois para Aquila para verificar os trabalhos de reconstrução da cidade, que em abril passado foi epicentro de um forte terremoto, que deixou quase 300 mortos e cerca de 50 mil desabrigados. Ambos visitarão também Benevento (na região da Campania) e a Sicília, onde serão recebidos pelo presidente regional Raffaele Lombardo.

Da Ansa