Sangue de San Gennaro: o milagre da liquefação

O milagre da liquefação do sangue de San Gennaro se repetiu no sábado (19) na catedral de Nápoles, com o tradicional abanar de panos brancos que anunciou o evento. Os restos do santo descansam na catedral partenopéia, onde o tradicional "milagre", segundo a tradição católica, acontece três vezes ao ano. Às 9h57 locais (4h57 no horário de Brasília), Crescenzio Sepe, cardeal de Nápoles, cidade cujo padroeiro é São Januário, anunciou aos fiéis reunidos a liquefação do sangue do santo, contido em um relicário onde durante a maior parte do ano permanece coagulado. O prelado agitou a essa hora o pano branco para informar os fiéis que o "milagre" voltara a acontecer e em seguida concedeu a permissão aos fiéis de se aproximarem e beijar o relicário. O cardeal Sepe recomendou aos que queriam beijar a peça que tomassem "todas as precauções higiênicas e sanitárias - que sempre tomamos - principalmente em função da gripe A". A liquefação do sangue de San Gennaro se repete três vezes ao ano. Em 19 de setembro, dia no qual se relembra a morte e o santo em martírio no ano 305 d.C.; no sábado anterior ao primeiro domingo de maio, quando se celebra uma procissão de suas relíquias pelo centro de Nápoles; e em 16 de dezembro, aniversário da erupção do Vesúvio em 1631 que, segundo a tradição, parou após a oração dos fiéis. O sangue, disse depois o religioso, já se liquefez quando os ampolas que o contém no relicário foram retiradas do cofre da "capela do Tesouro".

Da Ansa