A holding Fininvest, dona do Milan, negou ontem que o clube italiano será vendido para ajudar a pagar uma multa de quase um bilhão de euros aplicada ao primeiro-ministro da Itália e proprietário do grupo, Silvio Berlusconi. "Em relação às repetidas indiscrições da imprensa, a Fininvest se vê, novamente, obrigada a desmentir, de modo mais peremptório e absoluto, que exista alguma hipótese de venda, mesmo parcial, das cotas da sociedade A.C. Milan", anunciou a holding em uma nota. Alguns veículos de comunicação da Itália, como o jornal Gazzetta dello Sport, publicaram ontem que o clube poderia ser vendido ao magnata albanês Rezart Taci, após este comentar a aquisição. "Estou pronto para assumir o Milan", disse o empresário, em uma entrevista publicada pelo jornal Guerin Sportivo. "Não acredito que Berlusconi queira se privar do clube, mas se assim fosse, estaríamos muito interessados em adquiri-lo".
A venda do Milan já foi cogitada em diversas ocasiões devido a dificuldades financeiras enfrentada pela sociedade esportiva. Desta vez, no entanto, a concretização do negócio serviria para arrecadar fundos para pagar uma indenização de 750 milhões de euros imposta ao premier pela Justiça. O Tribunal Civil de Milão chegou à conclusão de que Berlusconi causou danos ao conglomerado CIR, do empresário Carlo De Benedetti, na década de 1990, em uma disputa para comprar o grupo editorial Mondadori.
De acordo com fontes locais, a avaliação de mercado do Milan é inferior a 700 milhões de euros. O patrimônio neto atribuído ao primeiro-ministro no grupo Fininvest, que é presidido por sua filha, Marina Berlusconi, é de 1,6 bilhão de euros, montante que não inclui o Milan. Anteriormente, especulava-se a possibilidade de o time ser vendido para o presidente da Líbia, Muammar Kadafi, o que foi desmentido pela Fininvest. Agora, as negociações estariam acontecendo também com um grupo financeiro dos Emirados Árabes Unidos (EAU), além da vontade de Taci de adquirir o clube.
Da Ansa.it
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