quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Italianos confiam nos juízes e em Napolitano


Roma, Ansa - Os italianos têm a máxima confiança em seu chefe de Estado, Giorgio Napolitano, e no sistema judiciário, mas confiam menos no chefe de governo, Silvio Berlusconi, na escola, nos sindicatos e nos partidos políticos, indica uma pesquisa.     O trabalho anual do instituto privado de estudos políticos, econômicos e sociais Eurispes anunciou essa inversão de tendência sobre o afastamento crescente entre os italianos e as instituições em relação aos anos anteriores.       O Relatório Itália 2010 se baseou em entrevistas diretas com questionários entre 1.191 cidadãos, concluídas em princípios de janeiro de 2010.

A confiança dos italianos no presidente Napolitano, segundo o estudo do Eurispes, chegou no último ano a 70%, registrando assim um aumento de 6% sobre o ano anterior.    Esta confiança se verificou principalmente entre os entrevistados com mais de 65 anos (73,3%) e entre aqueles de 45 a 64 anos (73,7%).   Já a confiança dos italianos no governo, liderado por Silvio Berlusconi, diminuiu um pouco na comparação com o ano anterior.    

Os que manifestaram confiança no governo foram agora 26,7%, contra os 27,7% do ano anterior.   Essa porcentagem, no entanto, se mantém bastante constante nos últimos anos, independente de se tratar de um governo de centro-direita ou de centro-esquerda.    Mostraram mais confiança no governo os cidadãos do nordeste (29,4%) do país e os de direita, enquanto que o menor índice se registrou nas ilhas e entre as pessoas de esquerda e centro-esquerda.

Em relação ao Parlamento, os níveis se mantiveram bastante estáveis, com 26,9% contra os 26,2% do ano anterior, com porcentagens mais altas entre as pessoas de direita, centro-direita e centro; e mais baixas entre as de esquerda e centro-esquerda.    Para o Judiciário, a confiança cresceu no ano passado, atingindo 47,8%, com uma alta de 3,4% em relação a 2008.     Neste item, a confiança dos italianos cresceu nos últimos cinco anos e atualmente quase um italiano em dois apóia os magistrados locais.     Os que expressaram menos confiança na magistratura foram os italianos de direita (35,6%) e os de centro-direita (35,4%).

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