Roma, Ansa - Autoridades políticas italianas comemoraram ontem a Festa da Libertação, com o 65º aniversário do fim do fascismo e da queda definitiva do ditador Benito Mussolini (1883-1945), no final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
"O desafio é agora. É necessário escrever juntos uma nova página partilhada da história da nossa democracia e da nossa Itália", declarou o premier Silvio Berlusconi, em uma mensagem televisiva.
O presidente Giorgio Napolitano rendeu homenagem ao Soldado Desconhecido, monumento que contém os restos mortais de um militar cuja identidade nunca foi descoberta, morto durante o conflito.
O 25 de Abril foi a culminação "da reafirmação da renovada identidade italiana e da reunificação do país, na conclusão de uma dramática ruptura da Itália em duas", afirmou Napolitano, recordando a unificação italiana, processo iniciado no século XIX.
O mandatário lembrou do papel das Forças Armadas, atribuindo a elas uma "contribuição decisiva" na busca da paz e da justiça, e declarando que atualmente "compartilham do legado da Resistência".
O ministro da Defesa, Ignazio La Russa, enviou uma mensagem aos militares do país apontando que, após a guerra, a população "soube superar a adversidade, os sacrifícios, os gravíssimos lutos, e readquirir a independência, a unidade e a dignidade para construir a Itália republicana de hoje".
"É cada vez mais viva a decisiva consciência da parte dos italianos de poder contar com Forças Armadas modernas e eficazes, que aumentam o prestígio do país no exterior. Hoje as tropas italianas honram a bandeira tricolor em terras longínquas, operando em missões internacionais pela construção e a defesa da paz", acrescentou.
Em paralelo às comemorações que celebram a Festa da Libertação, a polícia apreendeu em Roma quatro mil folhetos que traziam a foto de Mussolini, conhecido como Duce, e a frase "25 de abril: uma ideia está fadada ao fracasso quando não se encontra ninguém capaz de defendê-la", de autoria do ex-ditador.
Dezessete pessoas foram denunciadas e encaminhadas às autoridades judiciárias por apologia ao fascismo. Um dos detidos era um militante do partido "Força Nova".
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