sexta-feira, 25 de junho de 2010

Poluição mata quase 6 mil por ano

As concentrações elevadas de PM10 (as partículas finas) na atmosfera são responsáveis por 5.876 mortes por ano, revela uma pesquisa de Nomisma, apresentada por ocasião da conferência VERT, dedicada ao transporte sustentável.

O relatório contém dados sobre a concentração média de partículas finas no triênio 2006-2008 das maiores cidades italianas por população, que indicam que, além de Roma (40,4), o pior desempenho se concentra nas cidades do norte do país e, em particular, na região da Planície Padana, como Milão (49,2), Turim (56,5), Bolonha (41,3), Verona (47) e Pádua (46,7).

Esta situação, destaca Nomisma, determina graves doenças que, nas 15 cidades italianas mais populosas, leva o citado instituto de pesquisas de Bolonha a estimar em cerca de 6 mil as mortes anuais provocadas pelas concentrações elevadas de partículas finas.

Destas mortes, ''534 são decorrentes de tumores malignos de laringe, traqueia, brônquios ou pulmões'', enquanto ''em se considerando os efeitos agudos de doenças dos sistemas circulatório e respiratório", o número sobe para 953.

Entre as cidades onde as mortes supostamente causadas pela poluição do ar são maiores, citam-se Roma (1.508), Milão (906) e Turim (813). No final desta 'classificação' das vítimas de partículas finas, situam-se Bari (130 mortes), Messina (124) e Catania (110).

Custos elevados (€ 6,4 milhões) e danos à saúde -

Os índices elevados de partículas finas, a principal causa da poluição do ar nas cidades italianas, não prejudicam só a saúde, mas também os cofres do Estado, o que também precisa ser considerado "quando se tomam medidas específicas destinadas à contenção das emissões em áreas urbanas".

O convite é de Nomisma, sempre por ocasião do convênio VERT dedicado ao transporte sustentável.

Entre os resultados apresentados, está que em Roma, Milão e Bolonha em 2007 se gastou mais de € 6,4 milhões anuais para internações decorrentes de doenças respiratórias e cardiocirculatórias devidas à poluição do ar.

Em particular, em Roma os gastos foram de € 3,8 milhões, em Milão de € 1,8 milhão e em Bolonha de € 677 mil.

Este valor, no todo, inclui a "a redução dos salários de responsabilidade contratual, com base no número de hospitalizações decorrentes das PM10", dos custos dos tratamentos adotados em contextos fora dos hospitais (gastos com remédios, reabilitações). Calculando só os custos das internações hospitalares, destaca Nomisma, as despesas caem para pouco mais de € 5,3 milhões.
 
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