Maria Angélica Oliveira, Do G1, em São Paulo
Lula e Berlusconi participaram do encontro Empresarial Brasil-Itália, na Fiesp. (Foto: Rodrigo Coca/Foto Arena/AE)
Diante de uma plateia de empresários brasileiros e italianos em São Paulo, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, defendeu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dispute um novo mandato em 2014. As declarações foram dadas nesta terça-feira (29) ao lado de Lula, no encerramento do Seminário Brasil-Itália Novas Parcerias Estratégicas, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
"O presidente Lula tem 62 anos. Lula vai descansar quatro anos, obrigatoriamente. Terá 66 anos, vai poder trabalhar por mais oito anos para o bem do Brasil e chegar na idade de 74 anos jovem e cheio de energia como eu. Porque eu tenho 74 e estou bem, Não acham?"
O italiano também elogiou o alto índice de popularidade de Lula, afirmando que é o "mais alto índice de uma democracia em todo o mundo." Berlusconi pediu aplausos para o presidente brasileiro por sua popularidade, afirmando que gostaria de alcançar o colega brasileiro nesse quesito.
Estou elegendo uma pessoa que eu considero o que eu tenho de melhor: mais competente, mais preparada, mais ousada, e que, portanto, se eleita, ela tenha o direito de fazer um belíssimo governo e de pleitear um segundo mandato como prevê a Constituição brasileira. "Luiz Inácio Lula da SilvaLula recusa ideia
Após o encerramento do seminário, Lula e o primeiro-ministro concederam uma entrevista coletiva. O presidente brasileiro foi questionado sobre a declaração do colega e rejeitou a hipótese de se candidatar em 2014. Defendeu que Dilma Rousseff, a candidata do PT à Presidência da República, possa se candidatar à reeleição caso seja eleita nas eleições deste ano.
"Quando você tem um político mau caráter, ou ele elege uma pessoa muito fraca ou ele prefere que a sua oposição ganhe para ele poder voltar depois de quatro anos. Estou elegendo uma pessoa que eu considero o que eu tenho de melhor: mais competente, mais preparada, mais ousada, e que, portanto, se eleita, ela tenha o direito de fazer um belíssimo governo e de pleitear um segundo mandato como prevê a Constituição brasileira. E eu me contentarei em ser cabo eleitoral pela segunda vez", disse.
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