quinta-feira, 29 de julho de 2010

A Gioconda nua, pós restauração

Margherita di Savoia  - O rosto sereno, os cabelos encaracolados. Os ombros brancos e fortes, na famosa pose três-quartos, e a surpresa dos seios nus, ostentados com graça e segurança.

A 'Gioconda è nuda' estará na mostra-evento que de 2 de agosto a 3 de setembro contará o mito da pintura mais famosa do mundo nas salas do Torrione, em Margherita di Savoia (cidade da Puglia, na província de Foggia).

Fortemente desejada pela nova prefeita local, Gabriella Carlucci, e realizada em colaboração com o Museu Ideal Leonardo da Vinci, a exposição mostrará pela primeira vez após a restauração a Gioconda nua pintada por Gian Giacomo Caprotti, conhecido por Salai, o discípulo predileto de Leonardo da Vinci.

"Certamente esta obra vai enriquecer ainda mais a galeria das Giocondas Nuas, que compreende a do Hermitage, a McKenzie, a Chantilly e outras oito da área flamenga", comentou o diretor do Museu Da Vinci, Alessandro Vezzosi. Ao mesmo tempo, aumenta o mistério sobre o retrato do Louvre, do qual ainda não se confirmou a identidade e datação e que no tempo está revelando uma rica produção 'paralela'.
A mostra da Puglia pretende fazer um balanço da situação, com intervenções de especialistas, a apresentação de novas teses e análises (como a última radiografia feita na tela do Louvre) e com uma comparação ideal entre todas as Monas Lisas existentes, originais ou falsificadas, com duas seções expositivas: uma histórica, com obras e documentos do XVI ao XIX século; e uma contemporânea, que desde o furto de 1911 chega às reinterpretações do século XX, com Marchel Duchamp, as Giocondologias de Jean Margat e as análises de DNA visual da Mona Lisa de Franco Fossi.

"A cada dia se descobre algo novo sobre ela ou sobre a história de Leonardo", disse Vezzosi. "Pessoalmente, identifiquei em uma sala do Parlamento uma Gioconda vestida, que pertenceu aos Torlonia e da qual se tinha perdido os paradeiro. Espero analisá-la em breve. Por trás, ela tem uma interessante escrita francesa, parcialmente desgastada". É o que basta para alimentar ainda mais o mistério.

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