sábado, 11 de setembro de 2010

Sofia Coppola ganha Leão de Ouro no Festival de Veneza com 'Somewhere'

Longa é retrato do vazio existencial de uma estrela de Hollywood. Júri do festival foi presidido pelo também cineasta Quentin Tarantino.

Do G1, com agência internacionais

Sofia Coppola recebe o Leão de Ouro do também  cineasta Quentin Tarantino (Foto: Andrew Medichini AP)

A diretora Sofia Coppola ganhou, de maneira unânime, o Leão de Ouro do festival de Veneza com o seu filme "Somewhere". Este é o prêmio máximo do festival, um dos mais importantes do mundo, ao lado de Cannes e de Berlim.

O quarto filme de Coppola, filha do também diretor Francis Ford, é um retrato do vazio existencial de uma estrela de Hollywood, que se desliga do mundo abusando de álcool, drogas e relacionamentos casuais. O longa é protagonizado por Stephen Dorff.

Este é o sexto Leão de Ouro para uma produção americana. A decisão do júri presidido pelo também cineasta americano Quentin Tarantino foi considerado uma surpresa.


Trama

O mais recente filme de Sofia Coppola mostra os bastidores de Hollywood através da vida de um grande astro de cinema -- hotéis de cinco estrelas, Ferraris, idolatria e conquistas sexuais, mas também a solidão, a exaustiva atenção da mídia e o tédio.

"Somewhere" é uma mistura de comédia e análise de uma crise pessoal de um homem, Johnny Marco, interpretado por Stephen Dorff, que ao final é forçado a encarar a questão: que rumo está tomando sua vida tão invejada?

Sofia Coppola vence o Leão de Ouro no Festival de Veneza (Foto: AFP)

Assim como "Encontros e Desencontros", grande parte da história se passa em um hotel -- dessa vez, o Chateau Mormont, em Los Angeles, muito frequentado por celebridades de Hollywood, onde Marco passa a morar depois do fim de seu casamento.

"Nós passamos muito tempo saindo, vivendo nos hotéis quando meu pai estava filmando, então, eu sempre acho que quando você está morando em um hotel é como se fosse um mundo em si", disse a cineasta, de 39 anos, depois que seu filme foi aplaudido na pré-exibição para a imprensa.

"Eu gosto de hotéis para o cenário. São um lugar inconstante. Muitos personagens que me interessam estão em um momento de transição e parece adequado que eles estejam em um cenário inconstante."

Coppola acrescentou que queria "contar uma história do ponto de vista de um cara, algo sobre a vida emocional de homens que são diferentes de mim."

Confira a lista dos filmes que estavam em competição em Veneza:

"Black Swan", de Darren Aronofsky (EUA)
"La pecora nera" , de Ascanio Celestini (Itália)
"Somewhere", de Sofia Coppola (EUA)
"Happy few", de Antony Cordier (França)
"A Solidão dos Números Primos", de Saverio Costanzo - (Itália)
"Ovsyanki", de Alexei Fédortchenko - (Rússia)
"Promises written in water", de Vincent Gallo (EUA)
"Road to nowhere", de Monte Hellman (EUA)
"Balada triste de trompeta", de Alex de la Iglesia (Espanha/França)
"Vénus noire", de Abdellatif Kechiche (França)
"Post Mortem", de Pablo Larraín (Chile/México/Alemanha)
"Barney's version", de Richard J. Lewis (Canadá/Itália)
"Noi credevamo", de Mario Martone (Itália/França)
"La passione", de Carlo Mazzacurati (Itália)
"13 asesinatos", de Miike Takashi (Japão/Grã-Bretanha)
"Potiche", de François Ozon (França)
"Meek's cutoff", de Kelly Reichardt (EUA)
"Miral", de Julian Schnabel (EUA/França/Itália/Israel)
"Noruwei no mori", de Tran Anh Hung (Japão)
"Attenberg", de Athina Rachel Tsangari (Grécia)
"Detective Dee and the mystery of Phantom Flame", de Tsui Hark (China)
"Drei", de Tom Tykwer (Alemanha)

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