Lixo se acumula nas ruas de Nápoles, na Itália, por causa da polêmica envolvendo um novo aterro sanitário.
PREFEITOS DE NÁPOLES REJEITAM ACORDO PROPOSTO PELO GOVERNO
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Nápoles - Os prefeitos das localidades da província de Nápoles, que são contra a construção de um novo aterro sanitário no entorno do Vesúvio anunciaram hoje que o documento entregue ontem pelas autoridades italianas não será assinado.
"Continuarmos a buscar o diálogo, para o [chefe da Defesa Civil, Guido] Bertolaso é interessante manter os compromissos", declarou o prefeito de Boscoreale, Gennaro Langella, ao revelar que o grupo decidiu não aceitar a proposta do governo italiano.
"Temos a intenção de apresentar" também "uma denúncia contra a gestão da Asia [organismo responsável pela eliminação do lixo, ndr.]. Para nós, existem algumas irregularidades na gestão do aterro, como já havíamos informado à Procuradoria de Nola", continuou Langella, ao término de um encontro realizado hoje com colegas da província, que fica na região sul do país.
Ainda segundo Langella, uma nova análise sobre o tema será feita em nova reunião, marcada para a esta terça-feira.
A tentativa do governo era acabar definitivamente com os protestos, intensificados nos últimos dias em diversas localidades de Nápoles, em repúdio à instalação de um novo aterro de lixo na região.
Na proposta governo de Silvio Berlusconi, apresentada por Bertolaso, as autoridades pediam aos prefeitos o fim das manifestações "imediatamente", assim como discussões "democráticas" sobre o tema.
Ao anunciar o documento, na noite de ontem, o chefe da Defesa Civil disse ainda que iria esperar "12 horas para registrar o respeito a estas condições, a única que colocamos para chegar a um eventual acordo".
Na semana passada, Berlusconi, na tentativa de conter os protestos, chegou a anunciar a constituição de um fundo de 14 milhões de euros [equivalente a R$ 33 milhões] para obras de compensação ambiental na região. Ainda assim, as atividades continuaram.
Ontem, pelo menos seis pessoas ficaram feridas durante as mobilizações -- que incluem o bloqueio do acesso dos caminhões de lixo às localidades e o incêndio de carros. A polícia prendeu dois supostos envolvidos com as manifestações.
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