Roma/Genebra - As mulheres recebem menos benefícios do trabalho rural do que os homens e enfrentam novas dificuldades devido à crise econômica e alimentar, advertiu ontem (24) um relatório da ONU sobre gênero na agricultura.
O documento "Dimensões de gênero no trabalho agrícola e rural. Caminhos diferenciados para sair da pobreza" observa que "embora a desigualdade de gênero varie consideravelmente entre as diferentes regiões e setores, há evidências de que, ao nível mundial, as mulheres são menos beneficiadas no emprego rural - seja ele um trabalho assalariado ou por conta própria - do que os homens".
Outros problemas vinculados às desigualdades de gênero no emprego rural, como "a recente crise econômica e financeira, retardaram o processo para uma maior igualdade" e o trabalho digno para as mulheres nas zonas agrícolas e rurais nos últimos anos.
"Com a perda de empregos e os cortes nos gastos em infraestrutura e serviços sociais, se agravou o fardo das mulheres para cuidar de outras pessoas e o trabalho não remunerado, de modo que a sua contribuição financeira para a segurança alimentar familiar vai diminuir", advertiu o relatório.
A situação é "particularmente grave" no caso das famílias chefiadas por mulheres, acrescentou o documento, feito pela agência das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Fundo Internacional para Desenvolvimento Agrícola (Fida) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O estudo reúne as últimas ideias sobre as dimensões de gênero do trabalho agrícola e rural, e visa promover o debate sobre a importância das mulheres no crescimento da economia rural e na redução da pobreza.
imagem arquivo virtual Google
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