Roma - A polícia italiana enviou ao governo do México as nove peças de datadas do século 300 a.C. ao século XVI que tinham caído no comércio ilegal na região de Turim, no norte da Itália.
"Finalmente tornarão a fazer parte do patrimônio mexicano e um pedaço será exposto em Paris na mostra pelos 40 anos da Convenção Unesco para a Recuperação de Bens [Culturais] Roubados [ou Exportados Ilicitamente]", informou o embaixador mexicano em Roma, Jorge Chen.
As peças foram encontradas no último ano em duas operações coordenadas pelos carabineiros (policiais militares) do Núcleo de Proteção ao Patrimônio Cultural de Bologna, que foram resultado de "investigações clássicas" e de atuações na região, segundo o comandante dessa divisão dos carabineiros Pasquale Muggeo.
Uma das peças, uma estátua de um guerreiro, foi encontrada a venda em mercado regional de Módena, a cerca de 300 quilômetros de Turim, ao lado de outras 150 peças "ainda a identificar".
Os carabineiros também encontraram oito peças na casa de um industrial têxtil de Biella, que eram um imponente braseiro de cinquenta centímetros no estilo mixteco da área de Puebla e Oaxaca, datado de 900 a 1.521 d.C, quatro estatuetas antropomórficas do período clássico mesoamericano (200 a 900 d.C.), uma caçarola com três pés e dois pratos coloridos no estilo maia, do sudeste do México.
As peças faziam parte de uma coleção privada de "300 peças, todas da área sul-americana", disse Muggeo. Segundo ele, as peças caíram no mercado negro provavelmente nos anos 1970, em meio a crises políticas que afetavam o México naquela época.
"Estabelecer exatamente a circunstância é difícil, mas é certo que foram introduzidas na Itália sem nenhuma certificação", e mesmo neste caso, "muitas peças são ainda difíceis de identificar", acrescentou o comandante policial.
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