sexta-feira, 6 de maio de 2011

Hillary se reúne em Roma com autoridades italianas

Roma - A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, declarou ontem(5) que a operação conduzida pela esquadra Navy Seals que matou Osama bin Laden em Abbottabad, no Paquistão, tinha como "esforço claro" acabar com a sua liderança", mas que sua morte não acaba com o terrorismo.

Essa foi sua resposta, em entrevista coletiva, a uma pergunta sobre se a morte do líder da rede terrorista Al Qaeda teria sido "um erro" das forças norte-americanas. Hillary disse ter "o máximo respeito por todos aqueles que conduziram a operação", que, segundo ela, "seguiram os máximos padrões profissionais".

A alta funcionaria de Washington esteve ontem (5) em Roma para o encontro do Grupo de Contato para a Líbia, onde se reuniu com o chanceler italiano Franco Frattini, além do presidente Giorgio Napolitano e do primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

No entanto, ela não deu detalhes da operação, limitando-se a atestar que a morte de Bin Laden - "um inimigo jurado dos EUA há quase 10 anos e um perigo para a humanidade" - "deixou os EUA e o mundo mais seguros".

A representante do governo de Barack Obama levantou a ressalva de que a batalha contra a Al Qaeda "não acaba com uma morte" e que o ocorrido foi "uma mensagem inequívoca da firme determinação da comunidade internacional de se opor ao terrorismo". Em sua visão, é preciso "renovar a determinação" contra o terrorismo em todo o mundo, não só no Afeganistão e Paquistão, "porque não há dúvidas de que quem mata inocentes deve ser levado à Justiça".

A descoberta de que o líder da rede terrorista Al Qaeda estava há cinco anos em uma mansão próxima a uma academia militar em Abbottabad, cidade a 100 quilômetros da capital, Islamabad, levantou um mal-estar entre as autoridades norte-americanas e paquistanesas, atualmente aliadas.

Hillary também teceu comentários sobre a foto que circulou no mundo e foi parar nos principais veículos da imprensa mundial, que mostra o presidente dos EUA Barack Obama, seu vice Joe Biden e ela, entre outras autoridades norte-americanas, recebendo informações ao vivo da operação que matou Bin Laden.

"Foram os 38 minutos mais intensos da minha vida", revelou ela.

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