De 19 a 27 de junho, o Grande Teatro do Palácio das Artes recebe Nabucco, de Giuseppe Verdi (1813-1901). Trata-se de uma das óperas mais executadas no mundo e é a primeira vez que a montagem é produzida em Belo Horizonte pela Fundação Clóvis Salgado.
O espetáculo tem direção musical e regência de Silvio Viegas e concepção e direção de cena de André Heller-Lopes. Foram convidados oito solistas de diferentes estados e países: Rodrigo Esteves (RJ), Eiko Senda (Japão), Sávio Sperandio (GO), Rita Medeiros (MG), Marcos Paulo (RJ), Cristiano Rocha (MG), Júlio César Mendonça (MG) e Fabíola Protzner (MG).
Além de um grande elenco, a ópera contará com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Coral Lírico de Minas Gerais e Coral Lírico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Nabucco estreou em 1842, no teatro La Scala, em Milão, sendo a terceira composição e o primeiro grande sucesso de Giuseppe Verdi. O texto original era composto de quatro atos e contava a história de hebreus cativos que se tornaram escravos por Nabucodonosor, famoso rei do segundo império caldeu.
Mais de 400 profissionais estão envolvidos na produção que também será apresentada no Rio de Janeiro, em julho, no Theatro Municipal. A montagem é mais uma ação de intercâmbio promovida pela Fundação Clóvis Salgado com outras casas produtoras de óperas no país. Além da circulação para outras cidades, cerca de 20 integrantes do Coral Lírico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro participam do coro, assim como parte dos figurinos foram produzidos pelo Theatro Municipal de São Paulo.
“Belo Horizonte tem se consolidado como um dos principais centros de produção operística do Brasil. Temos como desafio estimular, ainda mais, a interação entre as produções, otimizando custos e estimulando a circulação das montagens”, destaca a presidente da Fundação Clóvis Salgado, Solanda Steckelberg.
Guiseppe Verdi
Guiseppe Verdi nasceu na aldeia de Le Roncole, na Itália, em 1813. Filho de um estalajadeiro, Verdi recebeu uma educação rudimentar, mas desde cedo se revelou um talento musical incomum. Antonio Barezzi, um comerciante abastado, tornou-se seu mecena e custeou a educação erudita de Giuseppe em Milão. Mais tarde, em 1839, Verdi casou-se com a filha de Barezzi.
Neste mesmo ano, o compositor estreou sua primeira ópera – Oberto – no teatro La Scala de Milão, com grande sucesso e recebendo, inclusive, encomendas para três novas óperas. Daí surgiram obras como Um Giorno di Regno (1840), que foi um fracasso, e Nabucco, em 1842, que foi o primeiro grande sucesso do compositor. Esta ópera consolidou o prestígio de Verdi e marcou o seu encontro com a soprano Guiseppina Strepponi, sua segunda esposa.
A partir de então o italiano escreveu 27 óperas, entre elas Macbeth (1843), Rigoletto (1851), Il Trovatore (1853), Um Ballo in Maschera (1859), Aída (1871), Otello (1887) e Falstaff (1893), além do Réquiem (1874) e outras peças do repertório religioso. Graças à diversidade e à qualidade de sua obra, Verdi é considerado o mais importante compositor italiano do século XIX. Em 1897, após o falecimento de Guiseppina, a saúde do compositor entrou em declínio e ele faleceu após um ataque cardíaco, em 1901.
Observação
Grande Teatro
Classificação etária: 8 anos
Ópera em quatro atos (duração: 3 horas)
Ingresso
R$30
Onde
Palácio das Artes
Av. Afonso Pena, 1537
Centro
(31) 3237-7234
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