sábado, 6 de agosto de 2011

Líderes europeus convocam reunião do G7 contra a crise

Berlim, Paris e Roma - Os líderes dos principais países europeus da zona do euro decidiram convocar uma reunião do G7 (grupo dos sete países mais desenvolvidos do mundo) com o objetivo de dar respostas comuns à crise econômica em escala global.

O presidente da França, Nicolás Sarkozy, e o premier da Itália, Silvio Berlusconi, confirmaram a informação após uma conferência telefônica que incluiu a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o presidente do governo da Espanha, José Luiz Zapatero, o premier britânico, David Cameron, e o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

Porta-vozes do governo alemão afirmaram à ANSA que todos os chefes de Governo concordaram que "os resultados do encontro europeu de 21 de julho devem ser colocados em prática rapidamente", em referência à reunião que decidiu sobre o plano de resgate à Grécia.

A data do encontro ainda não foi precisada, mas segundo o premier italiano, o encontro do G7, de todos ministros das finanças dos países do grupo, deve ocorrer em poucos dias.

Sarkozy e Berlusconi devem ter ainda nesta tarde uma conversa por telefone com o mandatário norte-americano, Barack Obama, segundo fontes do gabinete da Presidência francesa e o próprio premier italiano em coletiva de imprensa.

Segundo o chefe do Conselho de Ministros da Itália, que concedeu uma entrevista coletiva no Palácio Chigi, sede do governo de seu país, a conversa é motivada porque a crise está inserida "em um panorama financeiro global".

"É preciso reconhecer que o mundo entrou em uma crise financeira global, que envolve todos os países", disse Berlusconi, que explicou que "a situação é muito difícil e requer intervenções concordantes" de várias nações.

O premier italiano afirmou também que as medidas que seu governo aprovou para reduzir custos e aumentar a arrecadação fiscal para acabar com o déficit público da Itália, o maior da Europa, devem equilibrar o orçamento até 2013, e não mais até 2014, como era planejado.

Ele observou que "há uma atenção particular da especulação internacional sobre nós" e que, por isso, trabalhará "rapidamente" no Parlamento "para introduzir na nossa Constituição o princípio de equilíbrio de balanço" e o da liberdade de empresa.

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