Por Massimo Lapenda - Panettieri(Cosenza) - Encravado no coração da Calábria, sul da Itália, está Panettieri, a menor das cidades dessa região, onde o duro ajuste econômico provocado pela crise financeira europeia a atingiu mais fortemente do que outros povoados da península. Aqui, os gastos supérfluos da administração pública são só um milagre, visto por exemplo que o vice-prefeito ganha € 76 por mês, o prefeito € 1.000 e o conselho municipal, que se reúne de seis a sete vezes por ano, custa € 600 anuais. Para o pequeno centro do povoado, conhecido pelas suas antigas tradições onde o fascínio pela natureza se cruza com a gastronomia, a arte e as tradições, a hipótese de cancelar alguns "comuni" (municípios) do país - determinada pelo plano de ajuste de Silvio Berlusconi - foi muito mal digerida. Diante disso, a administração local decidiu convidar o ministro da Economia, Giulio Tremonti, a visitar a pequena cidade para verificar pessoalmente que não há desperdício de dinheiro público e que só seria possível poupar uma cifra ridícula.Entre as ruas do povoado é muito comum encontrar um dos conselheiros engajado na limpeza da área urbana ou cuidando das áreas verdes e do cemitério.
O vice-prefeito, Salvatore Parrotta, se define um "administrador-operário", tendo em conta que "o que os líderes de nossa cidade fazem não é política, mas simplesmente tentam fazer as coisas direito para o bem de nosso povo: há anos cortamos o nosso salário". Quando era prefeito local, houve um período em que o próprio Parrotta, para economizar, dirigia pessoalmente o veículo que levava os alunos das áreas rurais para a escola. "Agora estamos dispostos a gastar ainda menos, mas não aceitamos, de forma alguma, o projeto de Berlusconi para unir vários municípios em um só: esse seria o fim de uma pequena realidade administrativa como a nossa", comentou.
Em Panettieri vivem ao todo 346 pessoas: "É um lugar onde estamos muito atentos aos gastos, até o último centavo. Apreciaríamos muito a visita de Tremonti para colocar à sua disposição nosso orçamento anual, para ver se ele encontra € 1 de desperdício", disse o vice-prefeito contrariado.
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