segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Cerca de 100 mil cristãos podem ter deixado o Egito

Luxemburgo - O chanceler da Itália, Franco Frattini, declarou que já "se fala" em um êxodo de cristãos coptas do Egito em torno de 100 mil, após o ataque a uma igreja copta no país, que motivou os protestos de domingo.

"Sentimos o êxodo de cristãos. Fala-se de 100 mil cristãos que teriam deixado o Egito, mas não sabemos se estes números são verdadeiros", afirmou o ministro italiano.

Reunido com outros chanceleres da União Europeia (UE) em Luxemburgo, Frattini apontou que espera que o conselho de ministros [de Relações Exteriores] da UE condene a "grave violência contra os coptas cristãos do Egito".

"Estou certo que as autoridades egípcias querem investigar e processar logo os responsáveis", indicou, opinando que "esta violência não deve mais se repetir".

Ontem, a manifestação dos coptas em protesto contra o ataque a um templo cristão no Egito acabou em confronto com a polícia, que levou 24 pessoas à morte (18 manifestantes) e 200 feridos.

O subsecretário da Chancelaria italiana Gianni Vernetti, deputado da Aliança pela Itália, pediu que, "depois deste enésimo ataque aos cristãos no Egito", Frattini "convoque imediatamente o embaixador à Itália para exprimir os protestos formais do governo italiano".

Hoje, o premier egípcio, Essam Sharaf, fez um apelo por calma no país após o conflito de ontem e impôs toque de recolher, que durou até às 7h locais de hoje (2h no horário de Brasília).

O ataque a uma igreja copta ocorreu na semana passada na província de Assuã. Os fiéis coptas atribuíram o ocorrido a muçulmanos radicais.

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