Lucca - Novos modelos de previsão e um melhor intercâmbio de informações sobre a observação da Terra ajudarão a prever desastres climáticos, como os da Liguria.
Este é o tema da Conferência Internacional sobre a Observação da Terra, realizada em Lucca (na Toscana), que reuniu a Assembléia Plenária do Ceos (Committee on Earth Observation Satellites). Trata-se de uma comissão internacional, este ano presidida pela Itália, para coordenar as missões espaciais de observação do planeta e suas aplicações para a gestão de emergências.
''O objetivo deste encontro - disse Enrico Saggese, presidente da Agência Espacial Italiana (ASI) - é estabelecer padrões internacionais de compartilhamento de informações e criar projetos de colaboração com o lançamento de constelações de satélites no lugar de missões individuais''.
Os próximos desafios para enfrentar as mudanças climáticas se referem não só à maior capacidade de compartilhar informações, como ao desenvolvimento de modelos de previsão mais eficientes, que permitam passar do monitoramento dos eventos meteorológicos à capacidade de prevê-los.
''O maior conhecimento do território, em sua morfologia, e das elevações no terreno, as construções humanas, nos permite realizar modelos no longo prazo para entender o impacto da precipitação no território'', acrescentou Saggese.
Conseguir prever tempestades violentas, como as que atingem a Liguria e o norte da Itália nestes dias, é ainda muito difícil porque as tempestades são sempre restritas a áreas muito pequenas. Estudos sobre os efeitos das chuvas em algumas áreas, como o vale do Tibre, já existem e foram possíveis graças ao interesse das empresas seguradoras na avaliação dos riscos e ''elaborar modelos capazes de prever as consequências de fenômenos climáticos violentos de forma pontual, em áreas de um quilômetro quadrado, é um objetivo de todos, não só da Itália'', comentou ainda o especialista.
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