sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Senado da Itália aprova medidas de austeridade pedidas pela Europa

Do G1, com agências internacionais
O Senado da Itália aprovou nesta sexta-feira (11) as leis orçamentárias de 2012, com as emendas de austeridade exigidas pela União Europeia para combater a crise econômica no país.
O plano de ajuste passou por 156 votos a favor, 12 contrários e uma abstenção.Ele inclui a venda de ativos públicos, a reforma do sistema previdenciário, a privatização de empresas públicas e a simplificação da administração pública.

Também fixa medidas para estimular o emprego e o aumento do crescimento econômico, quase nulo nos últimos anos.

O pacote de medidas não inclui uma reforma dos contratos de trabalho para facilitar as demissões, que havia sido criticada pelos sindicatos.
O economista Mario Monti, que deve ser escolhido o próximo premiê interino italiano no lugar de Silvio Berlusconi, participou dos debates no Parlamento.
O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, nomeou Monti senador vitalício na quarta-feira, pavimentando o caminho para sua indicação.
Na quinta, Berlusconi e seu partido, o PDL, manifestaram apoio à indicação de Monti e à convocação de eleições antecipadas.
As medidas de austeridade têm o objetivo de ajudar a recuperação econômica e reduzir a enorme dívida pública do país. Elas foram recomendadas após exigências de outras nações europeias por uma ação urgente para restaurar a confiança do mercado nas finanças públicas italianas.
O plano deve passar com facilidade na Câmara de Deputados no sábado, o que deve abrir caminho para Berlusconi renunciar.

 
O senador Mario Monti, provável futuro premiê da Itália, durante debate no Senado nesta sexta-feira (11) em Roma (Foto: AP)

O polêmico premiê de centro-direita, pressionado por conta do agravamento da crise econômica no país e de escândalos, prometeu na terça-feira que iria sair assim que as medidas fossem aprovadas.
EUA pressionam
O presidente dos EUA, Barack Obama, conversou com a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, no fim da quinta-feira, e também telefonou para o presidente italiano, Giorgio Napolitano, para pressionar pela aprovação das medidas e pelo aceleramento da transição italiana..

O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, pediu uma ação mais rápida na Europa.

"A crise na Europa continua sendo o desafio central para o crescimento global. É crucial que a Europa se mova mais rapidamente para colocar em vigência um plano para restaurar a estabilidade financeira", disse Geithner em comunicado.

Após meses de confusão e atrasos, Roma parece ter entendido a mensagem após a disparada dos juros pagos em seus títulos de dívida.

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