"O euro é um dos pilares desta nova ordem monetária, junto com o dólar e o yuan", disse Mundell, que expressou seu espanto diante da "cegueira dos mercados, que cada vez mais falam de uma queda da moeda única".
"Não estamos falando de números e estatísticas", disse o economista canadense. "Estamos falando de uma visão política e da necessidade de relações de câmbio estáveis" entre as três principais moedas do mundo.
"O ouro já não pode ser uma referência, como alguns pedem e como eu também gostaria. O ideal seria a unificação entre o dólar e o euro", defendeu Mundell.
Mundell, cujos estudos sobre as "áreas monetárias ideais" constituem a base teórica sobre a qual se originou a moeda única europeia, é realmente considerado um dos "pais do euro" e agora aponta para a necessidade de uma moeda global.
"Será possível se aproximar de uma unificação coordenando de perto as políticas monetárias e estabelecendo uma taxa de câmbio de referência em torno de 1,30 entre o euro e dólar", disse ele.
"O mesmo deveria acontecer com o yuan chinês", acrescentou Mundell. "Meus prognósticos são de que, até 2015, o yuan será liberalizado e, então, será possível criar um bloco que representaria 50% da economia mundial", concluiu.
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