sábado, 21 de abril de 2012

'Como rastreei minhas origens genéticas até a Idade da Pedra'

Recentemente, fiz um teste genético para descobrir mais a respeito dos meus ancestrais. Os resultados confirmaram o que eu já sabia: sou de uma família de judeus europeus. Mas também recebi uma surpresa - tenho um antepassado neandertal.

Aos 11 anos, fiz minha primeira entrevista com minha avó, Ray Zall, que respondeu todas as minhas perguntas sobre sua infância em Belarus, no Leste Europeu.

A gravação, que ainda guardo, começa com pompa: "Aqui é Carol Zall entrevistando Ray Zall, minha avó, ou 'Bobe' em iídishe. Então, senhora Zall, poderia me contar sobre sua infância?"

"O que posso te dizer?", ela respondeu, no seu inglês com forte sotaque. "Nasci em uma pequena aldeia chamada Kashuki."

Nunca tinha ouvido falar de Kashuki. E ainda não consigo encontrá-la no mapa. "É perto de qual país?", perguntei.

"Rússia-Polônia, Rússia-Polônia", ela respondeu.

Países que não existem

Minha avó nasceu no início dos anos 1900, na atual Belarus (ex-Polônia e parte do Império Russo).

Outros dos meus ancestrais vêm de lugares igualmente remotos em países que não existem mais, como "Áustria-Hungria". Isso dificultou a identificação das minhas raízes.

Trinta e quatro anos depois da entrevista com minha avó, descobri que existem novos e reveladores modos de montar uma árvore genealógica. Avanços no campo genético permitem usar o DNA de alguém para descobrir a origem dos seus antepassados. Diversas empresas já oferecem esses exames, e algumas estimativas ajudam a diferenciar a ciência da fraude.


www.bbc.co.uk 

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