No ano passado foram expedidas 170 mil cartas de habilitação a estrangeiros
Cerca de 2,6 milhões de estrangeiros têm carta de habilitação italiana,
o que representa 7% do total de habilitações ativas no país. A maior
parte dos motoristas imigrantes é formada por romenos (380 mil),
marroquinos (230 mil) e albaneses (225mila), seguindo a mesma ordem das
nacionalidades com maior presença no país.
Estudos indicam que, na Itália, cada motorista gasta em média 120
euros por mês para abastecer o próprio automóvel. Portanto, juntos, os
2,6 milhões de motoristas estrangeiros gastam cerca de 3,7 milhões de
euros por ano em combustíveis.
Muitos imigrantes, graças a acordos entre a Itália e seus países de
origem, puderam converter a carta de motorista obtida em outra nação em
um documento válido na Itália. Já para os que não podem converter a
habilitação, ou para os que solicitavam a carta pela primeira vez, o
caminho é o mesmo dos italianos: lições em auto-escolas e exames de
condução teórico e prático: apenas no ano passado foram expedidas 170
mil cartas de habilitação a cidadãos estrangeiros.
Os números mostram que os motoristas estrangeiros tornaram-se clientes
importantes para o mercado de seguros. Mas ainda assim, as seguradoras
de automóveis parecem não aproveitar a oportunidade. De fato, em vez de
oferecerem promoções tentadoras para os novos clientes, cobram preços
mais caros dos imigrantes do que para os motoristas italianos.
"Estatisticamente, eles comentem mais acidentes de trânsito",
justificam-se as companhias de seguro.
Após várias denúncias do Departamento Nacional contra a Discriminação
Racial, a distinção entre motoristas italianos e estrangeiros foi
considerada ilegal por tribunais em todo o país. As empresas de seguro,
portanto, não podem mais aplicar a chamada “taxa étnica".
www.agoranoticias.net
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