terça-feira, 4 de setembro de 2012

Exclusão social: Itália pouco acima da média da UE


Roma - A Itália está apenas um ponto acima da média da União Europeia da população em risco de pobreza ou exclusão social, com um risco global de 24,5%. É o que revela o Relatório de Pesquisa Social do Ministério do Trabalho, dedicado à Itália no contexto da UE-20.

      Em particular, no que se refere ao impacto sobre a população (dados de 2010), as famílias com baixa intensidade de trabalho são 10,2%, as em risco de pobreza 18,2%, enquanto a privação material severa afeta 6,9%. A média geral de 24,5% corresponde a um universo aproximado de 14,7 milhões de pessoas.

      No levantamento europeu, a posição italiana é semelhante à de outros países do Mediterrâneo (por ordem, Chipre, Portugal, Espanha e Grécia), ou seja, está nos últimos lugares do ranking dos antigos 15, com exceção da Irlanda.

       Na Itália, como nos demais países da UE economicamente mais desenvolvidos, o risco de pobreza é a dimensão mais relevante de exclusão (a incidência mais do que dobra em relação àquela dos outros dois indicadores, e por si só explica cerca de três quartos da combinação dos três).

      No entanto, no contexto dos 15 países-membros do bloco, a grave privação material é particularmente acentuada na Itália (assim como nos outros países mediterrâneos, desta vez com exceção da Espanha): em comparação com os 5,3% da média dos 15 da UE, o dado italiano é quase um terço maior (6,9%).

      Com referência à baixa intensidade de trabalho, o dado italiano é condizente com a média do bloco (7,5%) e um pouco inferior à média da UE dos 15 (8,1%). No entanto, em se considerando que a Itália apresenta a menor taxa de emprego feminino de toda a União (exceto Malta, e a Grécia a partir de 2011), trata-se de um indicativo de que ainda não se superou o modelo de oferta de trabalho familiar baseado no homem provedor, e do papel da família como um amortecedor social. 


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