“Forza Nuova” lança um observatório sobre o racismo contra italianos

Movimento de extrema direita, em Milão, cria um serviço de linha direta para receber reclamações de italianos vítimas de abusos e discriminações de leis que favorecem imigrantes.

“Observatório anti-racista em defesa de todos os italianos discriminados e vítimas de abusos” – a mensagem publicitária encontra-se visível na secretaria provincial milanesa de Forza Nuova (FN), o movimento de extrema direita que defende, em um dos oitos pontos do seu programa, o “bloqueio da imigração e um repatriamento mais humanizado”. Para conter a tendência que acredita existir, o vértice de FN chegou até a ativar uma linha direta para o recebimento de denúncias – “abusos, discriminações, violências e injustiças sofridas pelos italianos”

“Em nome de uma solidariedade hipócrita e suicida, os italianos são diariamente discriminados no acesso a casas populares e na procura de uma vaga de trabalho. São obrigados a viver na mais completa insegurança em zonas e bairros transformados em terra de ninguém pelo impressionante número de estrangeiros regulares e irregulares que ocupam apartamentos que não foram alugados e que vivem sem qualquer respeito às regras”, afirmou o secretário provincial de FN,  Marco Mantovani.

Mantovani explicou o papel do observatório: “Todos os nossos  conterrâneos, vítimas de abusos e que são discriminados pelas leis a favor de quem não é italiano e não será nunca, a partir de agora poderão sentir as próprias vozes através do apoio psicológico e militante da Forza Nuova”. Ele ainda fez questão de esclarecer que são contra a Lega Nord, xenófobos só na teoria na sua opinião. “Basta de hipócritas discursos leghistas que pregam a defesa do território mas abrem as portas para as invasões”, afirmou.

Na competição pela melhor performance contra os imigrantes, FN tenta ganhar dianteira com o Observatório, que além do telefone presta atendimento às “vítimas dos imigrantes” por e-mail. Mas, enfim, o importante a ressaltar  sobre a iniciativa de FN é que, em matéria de polêmicas sobre imigração, “nada se cria, tudo se copia”.  Basta lembra que o leghista Borghezio, alguns meses atrás, havia lançado um site para assinalar os “erros” dos estrangeiros, copiando uma ideia do xenófobo holandês Geerte Wilders.

www.agoranoticias.net