quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Companhias aéreas seguem a rota dos imigrantes

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Para responder às exigências de um planeta globalizado, companhias aéreas criam novas rotas que acompanham a movimentação dos migrantes 

“É preciso ir onde tem mercado. E se os imigrantes são o mercado, basta simplesmente mudar de rota”, disse Artur Zarkarian, presidente da companhia aérea  Armavia, da Armênia, ao Wall Street Journal, nos Estados Unidos. A declaração de Zarkarian não se trata de um prognóstico, mas de uma realidade. As empresas aéreas que correm atrás dos migrantes e que criam rotas únicas, deixando as tradicionais, para atender o novo filão de clientes foi uma das matérias de destaque da edição de ontem (24) do Repubblica.

Como exemplo, o jornal italiano começou logo pela Armavia, que criou um voo direto entre a cidade inglesa de Birminghan e Amristar, no estado de Punjabe (Índia). Os clientes? A comunidade sikh que vive no Reino Unido e que frequentemente faz peregrinação ao Templo do Ouro localizado naquela cidade indiana. O Boeing 737, que serve a rota, decola com todos os lugares exauridos.

Outro caso exemplo citado pelo Repubblica é o da Germany Fluggesellschaft.  A empresa alemã extingiu algumas rotas mediterrâneas, tradicionais mas pouco rentáveis, e passou a operar vôos para Arbil e Sulaymaniyah, na província autônoma do Curdistão (Iraque).

Sendo já uma companhia de referência da comunidade curda-alemã, a empresa tem garantido voos cheios, o que não ocorre nas rotas inflacionadas pela concorrência, mesmo cobrando bem mais caro pela passagem. Segundo Alberto Bettoli, sócio da Consultoria Mc Kinsley, “o preço praticado em uma rota única pode ser duas ou três mais que aquele de uma rota tradicional”.


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