Para responder às exigências de um planeta globalizado, companhias
aéreas criam novas rotas que acompanham a movimentação dos migrantes
“É preciso ir onde tem mercado. E se os imigrantes são o mercado, basta
simplesmente mudar de rota”, disse Artur Zarkarian, presidente da
companhia aérea Armavia, da Armênia, ao Wall Street Journal, nos
Estados Unidos. A declaração de Zarkarian não se trata de um
prognóstico, mas de uma realidade. As empresas aéreas que correm atrás
dos migrantes e que criam rotas únicas, deixando as tradicionais, para
atender o novo filão de clientes foi uma das matérias de destaque da
edição de ontem (24) do Repubblica.
Como exemplo, o jornal italiano começou logo pela Armavia, que criou um
voo direto entre a cidade inglesa de Birminghan e Amristar, no estado
de Punjabe (Índia). Os clientes? A comunidade sikh que vive no Reino
Unido e que frequentemente faz peregrinação ao Templo do Ouro localizado
naquela cidade indiana. O Boeing 737, que serve a rota, decola com
todos os lugares exauridos.
Outro caso exemplo citado pelo Repubblica é o da Germany
Fluggesellschaft. A empresa alemã extingiu algumas rotas mediterrâneas,
tradicionais mas pouco rentáveis, e passou a operar vôos para Arbil e
Sulaymaniyah, na província autônoma do Curdistão (Iraque).
Sendo já uma companhia de referência da comunidade curda-alemã, a
empresa tem garantido voos cheios, o que não ocorre nas rotas
inflacionadas pela concorrência, mesmo cobrando bem mais caro pela
passagem. Segundo Alberto Bettoli, sócio da Consultoria Mc Kinsley, “o
preço praticado em uma rota única pode ser duas ou três mais que aquele
de uma rota tradicional”.
www.agoranoticias.net
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