Estrangeiros representam 10% dos trabalhadores do país
Até o final do ano passado, o número de imgrantes que vivam
regolarmente na Itália era de mais de 5 milhões de pessoas, o que
representa 8,2% da população total do país. Os dados fazem parte do
último Dossiê Estatístico da Caritas Migrantes, divulgado em Roma no
início desta semana. Com o slogan “Não apenas números”, a publicação
ressalta a importância de que a avaliação do fenômeno migratório leve em
conta a dignidade dos imigrantes.
Confimando a tendência registrada nos anos anteriores, os principais
países de proveniência dos imigrantes que vivem na Itália são Romênia,
com 997 mil pessoas, seguida pelo Marrocos, com 506 mil, Albânia, com
491 mila, China, com 278 mil, e Ucraína, com 223 mil. A maioria dos
estrangerios vive na regiões do centro e norte da Itália (63%).
Mesmo em menor ritmo, a presença estrangeira no país aumentou também em
2011. As autoridades italianas no exterior expediram 231 mil vistos
para a residência estável na Itália, enquanto 263 mil permissões de
estadia tiveram o prazo de validade vencido e não foram renovadas. O
motivo, segundo o coordenador do estudo, Franco Pittau, deve-se à não
renovação do contrato de trabalho de muitos estrangeiros.
De acordo com Pittau, a situação não seria “tão preocupante se o
governo italiano tivesse aprovado tempestivamente, a medida que prorogou
de 6 meses para um ano a duração da permissão de estadia para quem está
a procura de emprego”.
Os números relativos à imigração são muito superiores aos registrados
pelo Censo italiano, ao qual responderam 3,8 milhões de estrangeiros.
Segundo Pittau, “o Censo não atingiu todos os imigrantes porque,
provavelmente, muitos temiam algum tipo de retaliação devido ao clima de
medo proposto pela campanha eleitoral em 2011”.
O número de estrangeiros empregados é de cerca de 2,5 milhões de
pessoas, 10% do total de trabalhadores do país. Além do setor doméstico,
as principais ocupações são na construção civil e na agriculutra, mas
há imigrantes empregados em diversas outras áreas como na atividade
marítima e no futebol. O número de estrangeiros empresários também
aumentou, chegando a 249 mil pessoas (21 mil a mais que no ano
anterior).
Evidentemente, a crise influenciou também a taxa de ocupação entre os
imigrantes, aumentando o número de desempregados (310 mil) e deixando
muitos na iminência de perderem a permissão de estadia.
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