quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Escola. Seis a cada 10 estudantes têm como colegas filhos de imigrantes

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Pesquisa Istat sobre “A escola e as atividades educativas” constata que a convivência de jovens estrangeiros e italianos ocorre também fora das escolas

As escolas são cada vez mais locais de encontro entre jovens provenientes de culturas diferentes: a maior parte dos estudantes italianos tem companheiros de classe que são filhos de imigrantes e, quase sempre, mantém uma convivência também fora da escola. Este é um dos temas evidenciados no relatório sobre “A escola e as atividades educativas”, publicado ontem (4) pelo Instituto Nacional de Estatística.

Citando dados do Ministério da Educação, o Istat revela que no ano escolar 2010/2011 resultavam matriculados nas escolas quase 711 mil estudantes não italianos, cerca de 8% da população discente. A incidência mais alta é verificada na escola infantil (8,6%), elementar (9%) e média (8,8%). Os números reduzem nas escolas secundárias de segundo grau (5,8%), onde porém nos últimos anos o incremento foi maior em comparação com outros graus escolares.

Outras informações que chegam da pesquisa conduzida pelo Istat, para verificar aspectos da vida cotidiana, referem-se às famílias. O levantamento revela que mais da metade dos estudantes de 6 a 17 anos que freqüenta a escola obrigatória ou a secundária de segundo grau tem em classe um companheiro estrangeiro (mais de 3 milhões de estudantes, equivalente a 59,3%). O percentual é mais alto (acima de 78%) no Centro-Norte, onde a presença estrangeira é maior, enquanto no Sul e nas Ilhas não alcançam a 33%.

Somente 1% dos estudantes italianos de 6 a 17 anos freqüenta aulas com maioria de alunos estrangeiros. Um dado que redimensiona o alarme sobre as chamadas classes-guetos, limitando a excepcionalidade de casos como o da escola Lombardo Radice de Milão.

A pesquisa revela ainda que mais de 1 milhão e 700 mil estudantes italianos de 6 a 17 anos (28% do total) encontram colegas de escola estrangeiros hora do horário escolar, um fenômeno que não se diferencia em relação à idade e ao tipo de escola freqüentada. A cota chega a 40% no Norte contra 15,4% no sul e 13,6% nas Ilhas e, segundo o Istat, “isso evidencia que existem momentos de convivência entre italianos e estrangeiros também fora das escolas”.

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