sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Indústria turística na Itália se organiza via web

Verona - Enit, Easy Italia e Federalberghi coligados em rede para racionalizar a oferta turística italiana. 

      Apesar da crise, a indústria turística na Itália continua a representar 12% do PIB (Produto Interno Bruto), segundo o Fórum Econômico Mundial de 2011. No entanto, a informação e a recepção turística no país são um tanto dispersivas aos olhos de muitos turistas. Todos esses organismos criam certo desconforto ao turista estrangeiro, acostumado a modalidades de promoção de referências e formas de hospitalidade mais homogêneas.

      Daqui a necessidade, em tempos de escassez de fundos e revisão de gastos, de agilizar as atividades das administrações públicas que lidam com o turismo, as únicas capazes de garantir serviços imparciais e eficazes. 

      Com o Inquérito da Hospitalidade Italiana (IHI), o único evento nacional das instituições públicas envolvidas com o turismo, promovido pela província de Verona, com o apoio das Regiões do Veneto e da Umbria e as províncias de Ferrara e Pesaro-Urbino, se lança o desafio: por que não unir forças e criar uma rede dessas instituições mediante um sistema digital?

      Esta é a proposta da 3ª edição do IHI à indústria nacional do setor: criar uma rede única das agências turísticas italianas, que somam € 114 bilhões em volume de negócios anual (dos quais € 30 bilhões gastos por estrangeiros), € 375 milhões de pernoites e 1,5 milhão de pessoas trabalhando. 

      Apesar da importância do setor, a Itália ainda não consegue oferecer serviços integrados de recepção e informações que valorizem ao máximo sua inigualável oferta turística. Este é o foco de discussão do IHI, o evento nacional sobre as estratégias e serviços de informação e alojamento turístico que se realiza no Lago de Garda.

       Para as principais instituições nacionais do setor é claro o papel fundamental da informação integrada para o desenvolvimento do turismo no país. Para o presidente da Enit (Agência Nacional do Turismo) Pier Luigi Celli a missão do IHI é importante porque "entre os tratamentos anticrise considero fundamental uma política do turismo de menor individualismo e maior consciência sobre a necessidade de trabalhar em um sistema integrado governo central/regiões/municípios".

      A promoção é um valor adjunto na atividade turística, continua Celli, e deve ser coesa e coordenada. Se você não melhorar a imagem da marca Itália e não promover suas excelências, o destino Itália não terá o lugar que lhe cabe no ranking do turismo mundial em viagens. 

      O presidente de Federalberghi Bernabò Bocca também defende a necessidade de oferecer serviços de boas-vindas integrados. "Para que o turismo trabalhe pela Itália são necessárias linhas de ação específicas que permitam o desenvolvimento de políticas para o sistema. A criação de uma rede de governança e de serviços uniformes para essa indústria deve passar tanto pela criação de um Ministério forte, como por mudanças legislativas, desenvolvimento de tecnologias específicas - a partir do e-commerce, para o qual devem ser introduzidos benefícios fiscais", afirma Bocca.

      A proposta do IHI começa exatamente da elaboração de uma estratégia partilhada entre IAT (escritórios de recepção a turistas) e as instituições nacionais do setor, para oferecer aos visitantes uma "Itália única" do turismo.


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