terça-feira, 13 de novembro de 2012

Bloquear fundos para a Emilia é motivo de vergonha


É "inaceitável" e "vergonhoso" que se façam "jogos políticos" usando a pele das pessoas afetadas pelo terremoto na Emilia. Os cinco países que na sexta-feira (9) bloquearam a liberação de € 670 milhões do fundo de solidariedade "deveriam se envergonhar", afirmou Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, que ontem (11) garantiu ao premier italiano Mario Monti o empenho do Parlamento na questão.

      Monti atuou no fim de semana (10 e 11) para garantir que as ajudas da UE para o terremoto na Emilia Romagna não fossem bloqueadas. Monti conversou com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso e com Schulz, definindo o bloqueio dos fundos como "inaceitável".

NO ÚLTIMO MINUTO, ITÁLIA CONSEGUE ACORDO - 

      O Parlamento, o Conselho e a Comissão Europeus chegaram a um acordo de princípio no último dia 9 para a liberação dos recursos para a Emilia, depois que Alemanha, Holanda, Finlândia, Suécia e Reino Unido bloquearam € 670 milhões do fundo de solidariedade da UE. O acordo será formalizado como parte do acordo global que deve ser alcançado hoje (13), quando retomarem as negociações sobre os orçamentos de 2012 e 2013.

      "Nós fizemos o que era necessário para responder à obrigação moral que temos para com a Itália e com aqueles que sofreram os danos do terremoto", opinou o comissário da UE para o orçamento, Jenusz Lewandowski, sobre o acordo alcançado no último minuto para mobilizar os citados recursos. No entanto, ele ressaltou que é preciso encontrar "pelo menos" € 9 bilhões para cobrir o rombo aberto no orçamento de 2012 e que inclui os fundos do programa Erasmus e € 1,8 bilhão de fundos estruturais para a Itália.

      O Conselho de Ministros da Itália decretou estado de emergência para os municípios das províncias de Cosenza e Potenza, na área de Pollino, afetadas pelo terremoto de 26 de outubro. 

      Enquanto isso, em Mormanno, um dos lugares mais  atingidos, o medo persiste e são centenas os habitantes locais que, por temerem novos tremores fortes, ainda dormem em seus carros. "O medo é tanto, disse o prefeito Guglielmo Armentano, que as pessoas não aceitam nem dormir nos ginásios, onde foram criados 100 leitos. Elas só aparecem para comer uma refeição quente". 

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