Mais de 160 prefeituras municipais aderiram ao apelo da organização
para a concessão da cidadania honorária aos filhos dos imigrantes.
Guerrera: “Esperamos que seja um estímulo para que finalmente iniciem
uma revisão da atual lei”
Tendo em vista o Dia Nacional da Infância e da Adolescência, que será
celebrado no dia 20 de novembro, a Unicef/Itália lançou, dia 15 último
em Roma, a campanha “Eu como você – Todos iguais diante da vida, todos
iguais perante a lei”. Na mesma ocasião, apresentou o relatório “Faces
da Itália”, sobre as condições e perspectivas dos menores de origem
estrangeira”, cerca de um milhão em todo país. Deste total, 500 mil
nasceram no território italiano.
A campanha da organização neste ano tem uma meta precisa: chamar
atenção sobre a importância da reforma da lei de cidadania aos menores.
Com esta finalidade, a Unicef/Itália propôs às administrações municipais
de concederem a nacionalidade honorária às crianças de origem
estrangeiras nascidas ou residentes nas cidades. “A adesão foi
extraordinária”, disse o presidente da entidade, Giacomo Guerrera. Ele
informou que 61 prefeituras já confirmaram a concessão da cidadania
honorária aos seus menores residentes até o dia 20 de novembro e
outras106 administrações municipais asseguraram que as deliberações
deverão ser feitas nas próximas semanas.
“É um sinal forte que será apreciado pelo nosso presidente da república
Napolitano. Esperamos que seja um estímulo para que finalmente revisem a
atual lei sobre cidadania com um texto unificado e bipartidário, que
corresponda aos padrões adotados a nível internacional em matéria de
direitos humanos fundamentais”. disse Guerrera.
Presente na cerimônia de apresentação da campanha, o ministro da
Integração e Cooperação, Andrea Riccardi, disse que “a cidadania
italiana para as crianças estrangeiras é um empenho que não pode cair”.
“Essas crianças são filhos da nossa terra e, mesmo se têm origens e
histórias diferentes, enriquecem e com elas construiremos um grande
futuro. Os imigrantes não são um problema humanitário mas são uma ajuda
para o crescimento. Mas a questão não depende do governo e sim do
Parlamento, que enviará as discussões para a próxima legislatura”,
finalizou Riccardi.
www.agoranoticias.net
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