segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Unicef/Itália: “As crianças são todas iguais. É necessária uma reforma da cidadania”

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Mais de 160 prefeituras municipais aderiram ao apelo da organização para a concessão da cidadania honorária aos filhos dos imigrantes. Guerrera: “Esperamos que seja um estímulo para que finalmente iniciem uma revisão da atual lei”

Tendo em vista o Dia Nacional da Infância e da Adolescência, que será  celebrado no dia 20 de novembro, a Unicef/Itália lançou, dia 15 último em Roma, a campanha “Eu como você – Todos iguais diante da vida, todos iguais perante a lei”. Na mesma ocasião, apresentou o relatório “Faces da Itália”, sobre as condições e perspectivas dos menores de origem estrangeira”, cerca de um milhão em todo país. Deste total, 500 mil nasceram no território italiano.

A campanha da organização neste ano tem uma meta precisa: chamar atenção sobre a importância da reforma da lei de cidadania aos menores. Com esta finalidade, a Unicef/Itália propôs às administrações municipais de concederem a nacionalidade honorária às crianças de origem estrangeiras nascidas ou residentes nas cidades. “A adesão foi extraordinária”, disse o presidente da entidade, Giacomo Guerrera. Ele informou que 61 prefeituras já confirmaram a concessão da cidadania honorária aos seus menores residentes até o dia 20 de novembro e outras106 administrações municipais asseguraram que as deliberações deverão ser feitas nas próximas semanas.

“É um sinal forte que será apreciado pelo nosso presidente da república Napolitano. Esperamos que seja um estímulo para que finalmente revisem a atual lei sobre cidadania com um texto unificado e bipartidário, que corresponda aos padrões adotados a nível internacional em matéria de direitos humanos fundamentais”. disse Guerrera.

Presente na cerimônia de apresentação da campanha, o ministro da Integração e Cooperação, Andrea Riccardi, disse que “a cidadania italiana para as crianças estrangeiras é um empenho que não pode cair”. “Essas crianças são filhos da nossa terra e, mesmo se têm origens e histórias diferentes, enriquecem e com elas construiremos um grande futuro. Os imigrantes não são um problema humanitário mas são uma ajuda para o crescimento. Mas a questão não depende do governo e sim do Parlamento, que enviará as discussões para a próxima legislatura”, finalizou Riccardi.


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