Previstos no novo contrato nacional dos porteiros, os trabalhadores
cuidarão de idosos e de crianças que morem num mesmo edifício.
Piovesani (Cisl): “Um passo avante. A Itália tinha necessidade dessas
figuras profissionais que já são comuns no exterior”
“Badante” e “babysitter”, contratadas por um condomínio, que possam
assistir a um grupo de idosos e de crianças que morem num mesmo
edifício. As novas categorias de trabalhadores foram inseridas no
“Contrato Coletivo Nacional para Funcionários de Proprietários de
Imóveis”, recentemente renovado pela Confedilizia (Confederação Italiana
dos Proprietários de Imóveis) e os sindicatos Cgil, Cisl e Uil para os
próximos três anos. Definidos como “Trabalhadores contratados para a
vigilância ou para prestação de assistência ou auxiliares de porteiros”,
as novas figuras profissionais poderão operar ao interno de um mesmo
edifício e poderão ser remuneradas com as cotas pagas por cada condômino
que utiliza o serviço prestado.
Os novos trabalhadores, de acordo com o CCNL, são aqueles que
“desenvolvem em espaço específico do condomínio ou ao interno da própria
habitação - se inserida no contexto do condomínio - ou então ao interno
das propriedades exclusivas de um ou mais condôminos, serviços para a
primeira infância ou para pessoas idosas autosuficientes ou ainda, em
geral, atividades relativas à vida familiar, a favor dos condôminos ou
de uma parte deles, que assumirão as despesas de remuneração”.
“A Itália sentia a exigência dessas figuras que já são comuns em outros
países europeus.São pensados para os casais jovens que trabalham e não
sabem com quem deixar os filhos ou os tantos idosos que têm necessidade
de uma mão”, diz Mario Piovesan, da Fisascat Cisl, que participou da
negociação para a renovação do contrato. Segundo o sindicalista, a
novidade é “um passo avante em relação à concepção típica dos porteiros
que controlam quem entra ou sai do edifício”.
Nos próximos meses uma comissão composta por representantes da
Confedilizia e dos sindicatos definirá as funções dos novos
trabalhadores detalhadamente e as tipologias contratuais (mesmo se não
continuativas e ocasionais). Naturalmente, as novas atividades abrem
oportunidades também aos imigrantes. “Não atingimos ainda aos níveis do
trabalho doméstico, mas também entre os porteiros estão aumentando os
cidadãos estrangeiros, trabalhadores que já estão na Itália e que
conquistam a confiança dos condôminos”, explica Piovesan.
Elvio Pasca
www.aoranoticias.net
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