quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Cuidadores de idosos e babás de condomínio, as novas figuras profissionais da Itália

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Previstos no novo contrato nacional dos porteiros, os trabalhadores cuidarão de idosos e de crianças que morem num mesmo edifício. Piovesani (Cisl): “Um passo avante. A Itália tinha necessidade dessas figuras profissionais que já são comuns no exterior”

“Badante” e “babysitter”, contratadas por um condomínio, que possam assistir a um grupo de idosos e de crianças que morem num mesmo edifício. As novas categorias de trabalhadores foram inseridas no “Contrato Coletivo Nacional para Funcionários de Proprietários de Imóveis”, recentemente renovado pela Confedilizia (Confederação Italiana dos Proprietários de Imóveis) e os sindicatos Cgil, Cisl e Uil para os próximos três anos. Definidos como “Trabalhadores contratados para a vigilância ou para prestação de assistência ou auxiliares de porteiros”, as novas figuras profissionais poderão operar ao interno de um mesmo edifício e poderão ser remuneradas com as cotas pagas por cada condômino que utiliza o serviço prestado.

Os novos trabalhadores, de acordo com o CCNL,  são aqueles que “desenvolvem em espaço específico do condomínio ou ao interno da própria habitação - se inserida no contexto do condomínio - ou então ao interno das propriedades exclusivas de um ou mais condôminos, serviços para a primeira infância ou para pessoas idosas autosuficientes ou ainda, em geral, atividades relativas à vida familiar, a favor dos condôminos ou de uma parte deles, que assumirão as despesas de remuneração”.

“A Itália sentia a exigência dessas figuras que já são comuns em outros países europeus.São pensados para os casais jovens que trabalham e não sabem com quem deixar os filhos ou os tantos idosos que têm necessidade de uma mão”, diz Mario Piovesan, da Fisascat Cisl, que participou da negociação para a renovação do contrato. Segundo o sindicalista, a novidade é “um passo avante em relação à concepção típica dos porteiros que controlam quem entra ou sai do edifício”.

Nos próximos meses uma comissão composta por representantes da Confedilizia e dos sindicatos definirá as funções dos novos trabalhadores detalhadamente e as tipologias contratuais (mesmo se não continuativas e ocasionais). Naturalmente, as novas atividades abrem oportunidades também aos imigrantes. “Não atingimos ainda aos níveis do trabalho doméstico, mas também entre os porteiros estão aumentando os cidadãos estrangeiros, trabalhadores que já estão na Itália e que conquistam a confiança dos condôminos”, explica Piovesan.

Elvio Pasca
www.aoranoticias.net

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